Na passagem, ontem, por Pernambuco, o presidente Bolsonaro recebeu em reduto do PSB, partido que detém o poder no Estado, uma recepção calorosa. São José do Egito, administrada pelo socialista Evandro Valadares, é, igualmente, um deserto banhado pelo vermelho do PT. Ali, por muito tempo, Lula reinou absoluto. Mas o tempo passa e vai se encarregando de moldar a paisagem da poética da cidade com motes inspirados no conservadorismo próprio da ação e modo de agir do chefe da Nação.
Por muito tempo, Lula era ali
disputado a tapas, idolatrado, verdadeiro salvador da pátria. Seu tempo,
entretanto, parece estar arquivado da memória do eleitorado, que agora beija,
abraça e chama um presidente de direita de “mito”. O tempo é o senhor da razão,
já disse um poeta. O fato é que Bolsonaro saiu do Pajeú extremamente feliz,
impressionado com o calor humano da sua gente, dos que deixaram suas casas por
livre e espontânea vontade para dar-lhe boas-vindas.
O que tem motivado tamanha
euforia dos nordestinos ao presidente não pode ser explicado apenas pela
injeção na economia que o seu Governo deu nesse momento difícil da pandemia com
o programa emergencial, contemplando 64 milhões de brasileiros com uma ajuda
mensal de R$ 600. Vai mais além. A pauta do presidente pelos Estados
nordestinos se concentra em ações para aumentar a capacidade hídrica do
semiárido.
Já concluiu e entregou um dos
eixos da Transposição do São Francisco, liberou R$ 600 milhões para as obras do
Ramal do Agreste, em Sertânia, projeto que vai levar água a mais de 60
municípios de Pernambuco, inclusive Caruaru e os municípios do polo de
confecções do Agreste. Ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério
Marinho, Bolsonaro tem dado orientação no sentido de priorizar todas as ações
que levem a ampliação da capacidade de abastecimento de água para consumo
humano.
“Fomos orientados pelo presidente, desde o primeiro dia em que chegamos ao Ministério, a ter um olhar especial para o Nordeste para as obras que estavam em andamento ou paralisadas. E nós acertamos desde o início que a nossa espinha dorsal é segurança hídrica. Em 2021, o Brasil vai comemorar a transposição das águas do Velho Chico”, disse ao blog o ministro do Desenvolvimento Regional, reproduzindo o sentimento de Bolsonaro em relação a esse olhar diferenciado em direção ao Nordeste. (Via: Conteúdo Blog do Magno Martins)
Blog: O Povo com a Notícia