Com a obtenção de registro e aprovação da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, diversos países do mundo iniciaram, na última semana, a vacinação contra Covid-19.
A primeira nação a aprovar o imunizante e começar a vacinação foi o Reino Unido, no dia 8 de dezembro. Até o momento, cerca de 800 mil pessoas já receberam a primeira dose da vacina no território britânico.
O segundo país a iniciar a vacinação, também com a da Pfizer, foi os Estados Unidos, que contabiliza o maior número de óbitos por Covid-19 no mundo, com quase 335 mil mortes. No país, a vacinação começou no dia 14 de dezembro, e já foram vacinadas quase 2 milhões de pessoas.
Os EUA firmaram diversos acordos para compra de 800 milhões de doses de pelo menos seis fabricantes, o equivalente a 2,5 doses por pessoa. A expectativa é de vacinar pelo menos 20 milhões de americanos até o final de 2020 —ou cerca de 5% da população. Destas, já foram entregues, até o momento, 7,7 milhões de doses.
Além da Pfizer, a vacina produzida pela empresa de biotecnologia Moderna também entrou no páreo, e devem entregar ainda nesta semana cerca de 8 milhões de doses.
Embora ainda não tenham começado seus programas de imunização, o Japão, a Austrália e a Nova Zelândia já reservaram sua cota de doses e devem iniciar a vacinação em janeiro. Juntamente com o Canadá, Japão e Austrália fizeram acordos de 1,03 bilhão de doses, ou cerca de 20% de todo o total prometido para 2021, embora os três países somados representem menos de 1% do total de casos de Covid-19 no mundo.
O Canadá também já registrou a vacina da Pfizer e iniciou a vacinação no dia 11 de dezembro. Como o país com mais reservas de doses per capita do mundo —5 doses para cada habitante—, até o dia 27 de dezembro, pouco mais de 52 mil doses já foram aplicadas na população.
A União Europeia (UE) começou a vacinação conjunta nos 27 países membros do bloco no último dia 27, embora alguns países, como Hungria, Alemanha e Eslováquia, tenham furado a fila e iniciado um dia antes, no dia 26 de dezembro.
Até o momento, os países da UE receberam 10.000 doses —a expectativa é receber as primeiras 200 milhões de doses [de um acordo de 300 mi] até setembro de 2021.
Na América Latina, a Costa Rica, o México e o Chile iniciaram suas campanhas de vacinação no último dia 24 de dezembro. Embora uma quantidade pequena tenha sido aplicada na Costa Rica (55 doses), México e Chile já aplicaram 6.824 e 8.638 doses da vacina da Pfizer, respectivamente.
Além destes países, Peru e Equador também firmaram acordos com a fabricante norte-americana para compra da vacina, totalizando cerca de 60 milhões de doses para os cinco países.
No Brasil, o plano do governo federal, lançado no meio de dezembro, já sofreu pelo menos quatro mudanças quanto à data de início: dezembro, janeiro, fevereiro e março foram sugeridos como meses de início da vacinação.
O país possui acordo para, até o momento, 142,9 milhões de doses, sendo 100,4 milhões pelo acordo com a Universidade de Oxford/AstraZeneca e mais 42,5 milhões pelo Covax Facility. Mais 160 milhões de doses devem ser produzidas pela Fiocruz no segundo semestre de 2021.
O país negocia com a Pfizer/BioNTech a compra de mais 70 milhões de doses, mas a farmacêutica tem previsão de entrega de no máximo 8,5 milhões de doses ainda em 2021. O governo afirmou que deve incluir outros laboratórios nos acordos, entre eles a fabricante Sinovac, que desenvolve vacina em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, a Sputnik V, do governo russo, a empresa de biotecnologia indiana Bharat Biotech, e a Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Até o momento, a previsão para chegada das primeiras doses da vacina da Oxford é dia 8 de fevereiro, equivalente a 1 milhão de doses. O governo de São Paulo pretende iniciar a vacinação no dia 25 de janeiro, com as 10 milhões de doses já em território brasileiro da Coronavac, a vacina da Sinovac.
A Argentina recebeu na última quinta-feira (24) um carregamento com 300 mil doses da Sputnik V, que fechou acordos também com os governos do Paraná e Bahia para o fornecimento de 50 milhões de doses.
No Oriente Médio, Arábia Saudita e Israel iniciaram a vacinação nos dias 9 e 20 de dezembro, respectivamente, embora no primeiro a vacina em uso, da estatal chinesa Sinopharm, ainda não tenha recebido o registro oficial, apenas a aprovação para uso emergencial na população. O imunizante, segundo autoridades de saúde da Arábia Saudita, apresentou 86% de eficácia em um ensaio clínico de fase 3, com dados ainda não publicados.
Já Israel avançou rapidamente na corrida de número relativo de doses per capita, com 4,37 doses aplicadas por 100 habitantes, muito à frente do Reino Unido (1,18) e Estados Unidos (0,59).
O diminuto Bahrein, localizado no Golfo Pérsico, ocupa a segunda posição na taxa de doses aplicadas no mundo, com 3,15 doses por 100 habitantes, um total de 53.614 doses já administradas.
Já China e Rússia, que autorizaram suas vacinas para uso emergencial em julho e em agosto, vacinaram 1 milhão e 55 mil pessoas, respectivamente. Os números, no entanto, podem sofrer alterações pois foram atualizados pela última vez no dia 19, para a China, e 22 de dezembro, para a Rússia. (Via: Folhapress)
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