Internada com quadro clínico de Síndrome de Haff, conhecida como 'doença da urina preta', a empresária pernambucana Flávia Andrade, de 36 anos, recebeu alta médica nessa quarta-feira (24).
A informação foi confirmada pelo Real Hospital Português (RHP), onde Flávia foi internada no sábado (20). A irmã dela, a médica veterinária Pryscila Andrade, de 31 anos, segue internada no mesmo hospital, na UTI.
As duas comeram um peixe da
espécie arabaiana na quinta-feira passada (18). Elas começaram a passar mal e
sintomas como aumento da pressão arterial e dores musculares.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), há
cinco casos de Síndrome de Haff em investigação em Pernambuco, incluindo os
dois das irmãs.
Síndrome de Haff
De acordo com o médico infectologista Filipe Prohaska, a doença tem esse nome
devido a uma conjunção de sinais. “O que chama atenção é que o peixe não foi
guardado e acondicionado de maneira adequada. Com isso, ele cria uma toxina no
interior que não tem nem odor nem sabor”, explica. Outra espécie passível de
desenvolver a toxina é o tambaqui.
Ainda de acordo com o infectologista, hidratação é uma das
formas de eliminar as toxinas. “O rim perde a capacidade de retirar as
proteínas do músculo e as toxinas do corpo. A hidratação é uma das formas para
tratar. Nos casos graves, pode ser necessário fazer hemodiálise”,
acrescenta.
Prohaska ainda lembrou que a doença causa muitas dores
musculares, por causa do ataque da toxina. “Lembra muito a dengue, mas sem febre.
Se você comer peixe e sentir dores musculares, urina escura, procure
imediatamente uma unidade de saúde”, orienta. (Via: Folha PE)
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