O presidente americano Joe Biden condenou a invasão anunciada e colocada em marcha por Vladimir Putin nas primeiras horas desta quinta-feira (24) da Ucrânia. Ele afirmou que o ataque é "premeditado e injustificado".
"A Rússia sozinha será a responsável por perdas catastróficas de vidas perdidas e sofrimento humano", afirmou Biden.
O presidente americano também disse que irá coordenar com aliados da Otan (aliança militar ocidental) para garantir uma resposta "unida e forte" às ações russas. Biden pretende fazer pronunciamento no início da tarde desta quinta.
O anúncio da operação militar de tropas russas na Ucrânia, foi feito ao mesmo tempo em que o Conselho de Segurança da ONU, do qual a Rússia faz parte, reunia-se para discutir a crise.
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A embaixadora britânica na Ucrânia também chamou a ação russa de "ataque não provocado". "Não é porque você se preparou e pensou sobre essa possibilidade por meses que isso não é chocante quando realmente acontece", escreveu Melinda Simmons no Twitter. "Um ataque totalmente não provocado a um país pacífico, a Ucrânia, está se desenrolando. Estou horrorizada."
Jens Stoltenberg, diretor-geral da Otan, condenou a operação e disse que o "ataque imprudente coloca em risco inúmeras vidas de civis". Segundo ele, a aliança militar ocidental fará o que puder para proteger e defender seus aliados.
Pelo Twitter, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleb, disse que Putin "iniciou uma guerra de larga escala contra a Ucrânia", e que locais com civis começaram a ser bombardeados. "Essa é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e vencer. O mundo precisa agir e parar Putin, é hora de agir, imediatamente", escreveu.
No Congresso americano, parlamentares democratas pedem que Biden imponha novas e agressivas sanções contra a Rússia. "Se Putin não pagar um preço devastador por essa agressão, então nossa própria segurança está em breve em risco", disse o senador Chris Murphy, do estado de Connecticut.
O premiê da Austrália, Scott Morrison, anunciou sanções à Rússia nas primeiras horas desta quinta. "Há um preço a ser pago por ataques, ameaças e intimidações não provocadas, injustificadas e ilegais impostas à Ucrânia pela Rússia", disse. A Coreia de Sul também se uniu ao movimento de sanções contra a Rússia. "O uso de força militar que cause danos a vidas inocentes não pode ser justificado em nenhum caso", disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-i.
O secretário-geral da ONU, após pronunciamento na sede da organização, também escreveu pelo Twitter condenando a ação russa. "Presidente Putin, em nome da humanidade, traga seus soldados de volta à Rússia. Esse conflito precisa parar agora."
Justin Trudeau, premiê do Canadá, afirmou que as ações russas terão "severas consequências", e que seu país irá tomar "ações adicionais para parar a agressão russa injustificada".
Um dos atores diplomáticos que visitaram Putin para tentar evitar o conflito, o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, também se manifestou. "Hoje é um dia terrível para a Ucrânia e um dia obscuro para a Europa", afirmou em comunicado.
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, conversou com o presidente ucraniano Zelenski, condenou a invasão e culpou o presidente russo. "O presidente Putin escolheu um caminho de derramamento de sangue e destruição ao lançar esse ataque não provocado à Ucrânia", afirmou.
Também a presidente da Comissão Europeia divulgou pelo Twitter um comunicado em que condena o ataque e diz que "a União Europeia está com a Ucrânia". "Nós condenamos a agressão militar sem precedentes da Rússia contra a Ucrânia. A Rússia precisa recuar suas tropas e respeitar integralmente a integridade territorial ucraniana", afirmou.
A União Europeia, em reunião extraordinária de suas lideranças, decidiu ampliar as sanções à Rússia. "Com este pacote, visaremos setores estratégicos da economia russa, bloqueando seu acesso às principais tecnologias e mercados", disse Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia.
Líderes dos países-membros também se manifestaram sobre os ataques. Emmanuel Macron, presidente da França, pediu o fim imediato dos ataques à Ucrânia. Já os primeiros-ministros Mario Draghi, da Itália, e Pedro Sanchez, da Espanha, disseram estar coordenando medidas com a Otan.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, condenou a ação militar e pediu ao presidente Marcelo Rebelo uma reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional. "Os meus pensamentos estão com o povo ucraniano perante este ataque injustificado e lamentável", disse.
As embaixadas da República Tcheca e da Dinamarca na Ucrânia fecharam as portas, devido aos riscos durante o ataque. Já o Irã recomendou que seus cidadãos deixassem o país. (Via: Folhapress)
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