A morte de Ilana Kalil, de 40 anos, ocorreu dentro de um contexto marcado por sinais de depressão e incluiu uma mensagem de despedida para as filhas, segundo relato ao Metrópoles de uma pessoa próxima da família.
Mulher
do ginecologista Renato Kalil, ela foi encontrada morta, na madrugada desta segunda-feira (14/3), na residência onde
eles moravam em São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São
Paulo, o caso foi registrado como suicídio.
A fonte ouvida pelo Metrópoles, que pediu para não ser identificada,
relatou que Ilana se trancou em um dos cômodos e redigiu uma mensagem a suas
filhas. E também teria falado, pela última vez, com o marido por telefone.
Renato Kalil estava na casa no momento.
Pouco tempo depois, o corpo de Ilana foi encontrado neste mesmo cômodo com
um tiro na cabeça. Todos os exames estão sendo feitos para confirmar a linha de
investigação, de suicídio, entre eles, o exame residuográfico — que identifica
vestígios de pólvora nas mãos.
A fonte, com acesso próximo à
família, disse ainda que a suspeita de uma possível depressão coincidiu com
denúncias que surgiram contra Renato Kalil. O casal, de acordo com a amiga da
família, estaria inclusive recebendo ameaças.
Em dezembro do ano passado, Kalil foi acusado de violência obstétrica pela
influenciadora Shantal Verdelho. Depois, outras pacientes fizeram denúncias
semelhantes. Kalil negava as acusações.
Busque
ajuda
O Metrópoles tem
a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem
em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido
com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro
problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se
matarem.
Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais
males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que
poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de
Psiquiatria.
Está passando por
um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A
organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo
voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar,
sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.
O Núcleo de Saúde Mental (Nusam)
do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos
psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, atendendo em ambulância,
como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.
Disque 188
A cada mês, em média, mil pessoas procuram
ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de
um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32
pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em
Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários
atendem 24 horas por dia a quem precisa. (Via: Metrópoles)
Blog: O Povo com a Notícia