Em um trote organizado por alunos do curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), campus de Palotina, 21 estudantes sofreram sérias queimaduras. O caso foi registrado na noite da última quarta-feira (30).
Segundo
o delegado Pedro Lucena, responsável pelo caso, as queimaduras foram causadas
por um produto ainda não identificado que estava dentro de garrafas de creolina.
De
acordo com a Polícia Civil,
a “brincadeira” foi realizada para recepcionar os calouros. Imagens divulgadas
mostram como os estudantes ficaram.
De acordo com o Hospital
Municipal de Palotina, centro de saúde para onde os alunos foram levados, eles
tiveram queimaduras de 1° e 2° grau. Além disso, uma aluna acabou inalando o
produto e desmaiou.
Dinâmica do trote
Conforme informações da
polícia, os alunos que registraram boletim de ocorrência afirmaram que na
primeira parte do trote tiveram que pedir dinheiro na rua. Depois, foram
levados para um terreno baldio e em seguida obrigados a se ajoelhar.
Assim que todos se
reuniram no local, o produto foi jogado no corpo de cada calouro. O delegado
acredita que, além da creolina, algum outro produto químico pode ter sido
usado. Três suspeitos foram identificados.
O que diz a universidade
Em nota, a UFPR informou que abriu um
processo administrativo para apurar a responsabilidade da ação
que feriu os estudantes de medicina veterinária.
Leia o texto na
íntegra:
“A
Universidade Federal do Paraná adota a posição institucional do trote sem
violência, na conscientização dos alunos de que a recepção aos calouros deve
ser um momento de alegria e integração com os veteranos. A UFPR não tolera
nenhum tipo de violência e o episódio infeliz envolvendo calouros em Palotina é
um caso isolado. A direção do Setor Palotina já abriu o processo de apuração de
responsabilidade sobre esta ação de trote violento que resultou em queimaduras
nos calouros.
O
Reitor Ricardo Marcelo Fonseca enfatiza: “em primeiro lugar me solidarizo com os
calouros e suas famílias, que deveriam estar em um momento de comemoração,
alegria e não de dor. Porém, ressalto que a UFPR está indignada e que tomaremos
rigorosas e imediatas medidas de apuração de responsabilidades, na medida que
temos tolerância zero com relação ao trote violento e todas as demais formas de
violência física, verbal ou mesmo simbólica”.
O
estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento,
discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar
denúncia pelo telefone 41-984021131 ou por meio dos endereços de e-mail
alertatrote@ufpr.br e acolhe.sipad@ufpr.br. (Via: Metrópoles)
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