O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (31) que houve um planejamento para conseguir um apoio explícito do PSDB ao resultado das prévias, que definiu seu nome como candidato do partido à Presidência da República nas eleições deste ano. A fala ocorreu em referência ao vaivém de informações que circulou nesta quinta sobre a possibilidade do tucano ficar no Governo de São Paulo e desistir da candidatura à Presidência.
"Hoje ficou claro através dessa carta que não há golpe, não há nenhuma forma de você negar a existência de prévias e do resultado das prévias. Isso seria admitir que o PSDB se tornou um partido golpista", acrescentou. "Não há questionamento, não há golpe possível numa democracia, seja ela partidária, seja de um país".
Doria disse que Leite não teve a dignidade de reconhecer a derrota, e disse que o clima agora no PSDB é o da democracia. "Ele tem que entender que democracia tem regras, não é a regra que ele deseja pelo seu bem. É a regra pela qual ele participou e perdeu", afirmou, acrescentando que Leite não pode querer "golpear". "Quem faz golpe é ditadura, governos autoritários. Quero lembrar Eduardo Leite, hoje é 31 de março, dia do golpe militar. Não caminhe por essa linha, Eduardo".
O tucano ainda citou como positivo a afunilamento da terceira via, com a possível candidatura de Sérgio Moro a deputado federal. "Quem tem que estar preocupado a partir de agora é Lula e Bolsonaro, porque ganhamos tração e ganhamos força", disse ele, que chamou o afunilamento da terceira via de "melhor via".
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recuou nesta quinta da decisão de desistir de concorrer à Presidência da República e de renunciar ao Palácio dos Bandeirantes. Com isso, ele mantém o plano original de mirar o Planalto e permitir que o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), assuma o cargo e dispute as eleições para o governo paulista. Doria fez o anúncio de sua renúncia em um evento de despedida no Palácio dos Bandeirantes com prefeitos paulistas, como estava previsto.