Preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, desde a última quinta-feira (3/3), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, está cada vez mais isolado do Primeiro Comando da Capital (PCC). À sua revelia, “generais” de confiança foram depostos e executados pela própria facção. O chefe da organização viu seu poder e sua influência evaporarem e novas lideranças surgirem.
A coluna apurou que os assassinatos de Anselmo
Fausta, o Cara Preta; de Antônio Corona Neto, o Sem Sangue; e o de Cláudio
Marcos de Almeida, o Django, todos do primeiro escalão do PCC, não ocorreram
por acaso. Eliminados, os “generais” de Marcola não poderiam mais interferir na
tomada de controle.
Marcola foi avisado com atraso sobre as execuções, ou seja, não
participou das decisões. Exterminar os antigos chefes seria uma profilaxia
interna da facção e uma forma de dar novos rumos para a organização. Teriam assumido
o controle do PCC os traficantes Marcos Roberto de Almeida, 51 anos, o Tuta; e Valdeci
Alves dos Santos, 50, conhecido como Colorido. Foragidos, a suspeita é que
ambos estariam escondidos na Bolívia.
Veja vídeo da transferência de Marcola do
DF para Porto Velho:
Mal-estar
A chegada dele ao
Presídio Federal de Brasília causou mal-estar entre o então ministro da
Justiça, Sergio Moro, e o governador Ibaneis Rocha (MDB).
O chefe do Executivo local era contrário à permanência de lideranças de facções
no Distrito Federal. À época, o emedebista mostrou-se preocupado com a
segurança da capital da República, já que familiares e integrantes dos grupos
criminosos se instalariam na cidade para ficarem mais perto de seus comandos.
Em declaração à coluna, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ressaltou que a transferência de Marcola do DF era uma das prioridades em sua gestão. “Todos sabem que eu nunca concordei com a permanência de líderes de facção na capital federal. Brasília não é melhor que qualquer outra cidade, mas temos características únicas no país, e isso tem que ser levado em consideração. Desde o primeiro momento em que soube que Marcola estaria aqui, ainda como secretário de Segurança Pública do DF, fui contrário”, lembrou. (Via: Metrópoles)
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