O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, nesta terça-feira (15/3), em caráter cautelar, que as plataformas com direitos de distribuição do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” em seu portfólio suspendam a exibição imediatamente. Se elas não cumprirem a decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em cinco dias, podem pagar multa diária de R$ 50 mil.
A pasta comandada pelo
ministro Anderson Torres alega
que a suspensão é aplicada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao
adolescente consumerista”. São citados para embasar a decisão o Código de
Defesa do Consumidor e a Constituição Federal.
Anderson Torres criticou o filme no fim de semana, ao afirmar que ele tem
“detalhes asquerosos”. O ministro adiantou, então, que a pasta iria adotar
“providências cabíveis” para o caso.
Nos últimos dias, o filme
lançado há cinco anos tornou-se alvo de críticas nas redes sociais por
incentivar a pedofilia, na visão de muitos internautas. Diante das críticas, o
roteirista e ator do longa, Danilo Gentili, rebateu, em seu Twitter, que o “maior
orgulho” de sua carreira é que conseguiu “desagradar com a mesma intensidade
tanto petista quanto bolsonarista”.
O colunista do Metrópoles Leo
Dias apurou que o humorista do SBT tem procurado pessoas próximas para explicar
a polêmica. Nas conversas, Gentili enfatiza que a discussão sobre pedofilia,
presente no longa, vem sendo tirada de contexto.
A história do filme narra como
o personagem Pedro encontra um diário que ensina como provocar caos na escola
sem ser pego e resolve seguir as dicas com seu amigo Bernardo. A narrativa é
baseada no livro de Danilo Gentili, lançado em 2009, que leva o mesmo nome.
Na cena mais polêmica, que viralizou no
último domingo (13/3), Cristiano, personagem de Fábio Porchat, aparece tentando seduzir dois meninos.
Mediando um conflito entre os garotos, o vilão diz: “Vamos esquecer isso tudo,
deixar isso de lado? A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem
uma punheta pro tio”.
O filme segue o “Guia Prático
de Classificação Indicativa”, do próprio Ministério da Justiça, e não é
recomendado para menores de 14 anos.
Atualmente, ele está disponível nas seguintes plataformas: Netflix (onde estreou recentemente), Telecine, GloboPlay, YouTube, Apple e Amazon. (Via: Metrópoles)
Blog: O Povo com a Notícia