A Rússia fez ameaças ao Reino Unido por apoiar a Ucrânia na guerra. Em comunicado divulgado neste sábado (5/3) pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo de Vladimir Putin afirma que o país “não esquecerá o desejo da Grã-Bretanha de cooperar com as forças ultranacionalistas na Ucrânia e o fornecimento de armas britânicas ao regime de Kiev“.
No texto, a porta-voz Maria Zakharova mostra
que Putin está insatisfeito com as escolhas do primeiro-ministro inglês, Boris Johnson. “A histeria das sanções na qual Londres desempenha um dos papéis principais, se não o principal, não nos deixa escolha a não ser tomar
medidas de retaliação proporcionalmente duras. Londres fez uma escolha final de
confronto aberto com a Rússia”.
O comunicado aponta ainda que o Reino Unido tem o objetivo de
enfraquecer o governo russo. A porta-voz da Rússia já havia acusado a mídia
inglesa de tentar desestabilizar o país. De acordo com o The Mirror, ela afirmou que a BBC desempenhava “um
papel determinado a minar a estabilidade e a segurança russas”.
A acusação
foi feita depois que a BBC anunciou a suspensão do trabalho da equipe de
jornalistas no território russo. Isso porque as autoridades locais estavam
aprovando leis que reprimiam veículos estrangeiros.
Finlândia e
Suécia
As ameaças russas contra a Inglaterra
ocorrem oito dias após declarações semelhantes direcionadas à Finlândia e
Suécia. Em 25 de fevereiro, Sauli Niinisto e Sanna Marin, presidente e
primeira-ministra da Finlândia, respectivamente, afirmaram que a nação estava
pronta para se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Depois da afirmação, publicada no
jornal EurAsian Times, o governo russo fez ameaças públicas.
“Consideramos o
compromisso do governo finlandês com uma política militar de não alinhamento
[com a Otan] um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no
norte da Europa. A adesão da Finlândia à Otan teria sérias repercussões
militares e políticas”, afirmou um comunicado publicado pelo Ministério das
Relações Exteriores da Rússia.
Mais cedo, a porta-voz do Ministério
das Relações Exteriores da Rússia, Mariya Zakharova, ainda pontuou que, caso a
Suécia tentasse entrar na Otan, assim como a Finlândia, também aconteceriam
“graves consequências político-militares que possam exigir que nosso país responda”.
Uma das maiores preocupações da
Rússia é o alinhamento de países próximos a suas fronteiras à Otan, aliança
militar que possui como um dos fundadores os Estados Unidos. Desta vez, um dos motivos da
invasão à Ucrânia foi as intenções do país de ingressar na aliança. (Via: Metrópoles)
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