O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, nesta quarta-feira (06), que o país adotará a “bandeira verde” na cobrança de luz a partir do próximo dia 16 de abril.
Segundo ele, todos os consumidores serão beneficiados. Com isso,
a conta de luz terá uma redução média de cerca de 20%. Atualmente, o país adota
a bandeira de “escassez hídrica”, em vigência desde agosto do ano passado.
Quando
anunciada, a previsão era de que a atual bandeira permanecesse em vigor até 30
de abril deste ano, mas o governo decidiu antecipar a mudança da tarifa.
No ano
passado, o Brasil viveu a pior crise hídrica em 91 anos. As principais bacias
hidrográficas que abastecem o país estavam secando em razão do baixo volume de
chuvas na região dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por
70% da geração de energia no Brasil.
Com a bandeira de “escassez hídrica”, conseguiu-se cobrir custos
de geração, transmissão e distribuição de energia durante o período de seca,
quando é preciso acionar as termelétricas, que custam mais caras.
Segundo
material divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, a antecipação do fim da
bandeira de “escassez hídrica” foi possível após o nível de chuvas nos últimos
meses aumentar e depois de medidas emergenciais, que permitiram reduzir o acionamento
das usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes que as hidrelétricas.
“Com a
redução da geração termelétrica mais cara e o aumento da produção das
hidrelétricas e das demais fontes renováveis, os custos serão menores durante o
próximo período seco, que vai de maio a novembro, o que se traduzirá em menores
tarifas para os consumidores”, disse o governo.
Ainda de
acordo com o Ministério de Minas e Energia, “com a manutenção das atuais
condições de chuva, a perspectiva é de bandeira verde até o final do ano”.
O sistema de
bandeiras tarifárias existe no Brasil desde 2015 e foi criado com o objetivo de
sinalizar os consumidores sobre a geração mais cara de energia nos momentos de
escassez hídrica — inibindo o consumo –, e para gerar recursos extras, a fim de
bancar a compra de energia oriunda de termelétricas.
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