Ainda sem definir sua participação, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (30/4), que os atos convocados por apoiadores para as comemorações do 1º de Maio não serão para protestar, mas para enviar recados e demonstrar união em torno do projeto representado pelo governo federal.
Durante a abertura oficial da
87ª ExpoZebu, Bolsonaro se dirigiu a quem vai participar dos eventos de
domingo, pedindo que as pessoas participem “para dizer que o Brasil está no
caminho certo, que o Brasil quer que todos joguem dentro das quatro linhas da
Constituição e dizer que não abrimos mão da nossa liberdade”.
“Amanhã não será
dia de protestos. Será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez
melhor para todos nós”, afirmou ele no discurso.
A ExpoZebu, voltada para o
agronegócio, é realizado em Uberaba (MG) e contou com a presença de diversas
autoridades. Neste sábado, além de Bolsonaro, estavam presentes o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
que foi alvo de vaias da plateia, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a quem Bolsonaro elogiou pela
administração estadual.
Também estavam presentes os ministros da Agricultura, Marcos Montes; da
Secretaria de Governo, Célio Faria júnior; da Secretaria-Geral da Presidência,
Luiz Eduardo Ramos; das Relações Exteriores, Carlos França; e da Justiça,
Anderson Torres.
Os ex-ministros Tarcísio Gomes
de Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura) e Walter Braga Netto
(Defesa), pré-candidatos nas eleições de 2022, também compareceram ao evento.
O presidente retorna a Brasília no início da tarde. Ele não possui outros
compromissos públicos previstos para este final de semana.
1º de Maio
Lideranças de direita e esquerda organizam atos em diversas capitais neste
domingo (1º/5), data em que se celebra o Dia do Trabalho. Lideranças que
defendem o atual mandatário e o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) fazem chamados para os eventos. A
data tradicionalmente conta com expressivos protestos de movimentos de
esquerda.
Na Avenida Paulista, se concentrarão
movimentos, políticos e apoiadores ligados ao presidente e pré-candidato à
reeleição. A apenas três quilômetros dali, na Praça Charles Miller, no
Pacaembu, vão se reunir movimentos sociais, centrais sindicais e artistas ao
lado do pré-candidato do PT.
Até o momento, Bolsonaro não confirmou presença nem no ato da Paulista,
nem em outra manifestação marcada para o dia 1º de maio – pelas redes sociais,
estão sendo convocados atos em cidades de todas as regiões do país. Ele deve
permanecer em Brasília no fim de semana, após retornar da viagem a Minas
Gerais.
Crise entre os Poderes
O ato ocorre em meio a uma nova crise entre os Poderes, aberta após o presidente da República
conceder graça (perdão) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ),
condenado a prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
por ataques à Corte e à democracia.
Na sexta-feira (29/4), em um aceno de moderação no tom, Bolsonaro disse não querer
“peitar” o Supremo, reconheceu que o deputado falou “coisas
absurdas”, mas que não justificam a pena aplicada. Na visão dele, houve um
“excesso” na dosimetria da pena o perdão ao parlamentar buscou “corrigir essa
injustiça”. (Via: Metrópoles)
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