Candidatos a deputado federal pelo PT travam internamente uma disputa pelo quinhão do fundo eleitoral a que terão direito na eleição. O caixa do partido terá R$ 486 milhões deste recurso, que é dinheiro público, para gastar em todas as campanhas. No caso dos deputados federais, deve haver dois critérios.
Os atuais detentores de mandato que buscarem a reeleição devem ter direito a uma cota maior. A expectativa é que o valor fique entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões para suas campanhas. Já os novatos receberiam menos do que isso.
Deve haver também uma exceção para petistas sem mandato, mas com grande potencial de votos para a Câmara, como ex-prefeitos, governadores e senadores, que receberiam a cota maior. Internamente, esse critério vem sendo apelidada por alguns de "regra Suplicy", em referência ao atual vereador paulistano e ex-senador, que deve ser um dos puxadores de voto do PT para deputado federal em São Paulo.
Secretária de Finanças da legenda, Gleide Andrade diz que os números mencionados são por ora apenas especulação, e que a decisão sobre a partilha do bolo será do diretório nacional, em reunião no final de maio. Ela confirma, no entanto, que atuais deputados receberão tratamento diferenciado. "A prioridade zero da campanha é eleger o Lula. A seguinte é manter e ampliar nossa bancada federal. O fundo segue essa orientação", afirma.
Entre candidatos, há reclamações também sobre um possível conflito de interesses envolvendo a própria secretária, que pretende disputar mandato de deputada federal por Minas Gerais. Reservadamente, há um receio de que ela privilegie a si própria e aliados na partilha do fundo. Andrade diz que a preocupação não se justifica. "Serei candidata, mas seguirei o critério estabelecido para todos. Não receberei R$ 1 a mais pela minha condição no partido. Minha prestação de contas poderá ser acompanhada pelo portal do TSE", afirma. (Via: Folhapress)
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