Socialite.activate (elemento, 'Widget');

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Criminosos deixaram para trás cerca de R$ 290 mil em armas em tentativa de assalto no Paraná

Valor foi calculado com base em armas abandonadas na fuga de suspeitos. De 10 armas apreendidas, 9 são de uso restrito, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores.

grupo criminoso que teve a tentativa de assalto frustrada em Guarapuava, região central do Paraná, na noite do último domingo (17) ainda pode ter tido um prejuízo de aproximadamente R$ 290 mil com o armamento abandonado durante a fuga.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), os cerca de 30 criminosos que tentaram assaltar uma transportadora de valores abandonaram, enquanto fugiam, pelo menos 10 armas (Veja lista com valores abaixo).

Dois policiais militares e um morador ficaram feridos durante a ação que aterrorizou a cidade de quase 190 mil habitantes. Um suspeito foi detido e liberado após cinco horas de depoimento.

Ao g1, o advogado Ruben Schechter, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores (ABTV) e da Federação Nacional das Empresas de Transportes de Valores (Fenaval), explicou que grupos como o que atacou Guarapuava possuem duas formas de conseguir as armas: comprando, por meio do tráfico, ou alugando de intermediários.

Para o calculo de possível prejuízo de R$ 290 mil, estimado pelo especialista, foi adicionado 20% ao valor do armamento no mercado internacional. Esse percentual, conforme Schechter, foi definido a partir de análises de outros crimes monitorados pela ABTV.

Os criminosos têm acesso a estas armas, geralmente, pelo tráfico internacional. Às vezes, desvios ocorridos dentro de Forças Armadas em países vizinhos. Quando elas [armas] estão sendo traficadas, tem valor, em média, 20% acima do preço médio do mercado internacional", explicou Schechter.

Das armas apreendidas, nove são de uso restrito das forças armadas, de acordo com Schechter. No Brasil, o controle deste tipo de equipamento é feito pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), do Exército Brasileiro.

Ainda segundo Schechter, no caso de aluguéis de armas, quando os criminosos deixam equipamentos para trás, o prejuízo é ainda maior porque eles precisam, de alguma forma, compensar a perda.

O comportamento de aluguel de armas foi observado, de acordo com o advogado, em outros ataques similares.

"Na perda destes equipamentos a gente observa que os criminosos tem dificuldade para repor, justamente, porque o acesso é mais complicado. E é comum neste tipo de empreitada criminosa, que eles se responsabilizem pelas armas, ou seja, se perderam, terão que repor de algum forma".

Carros

Oito veículos de luxo utilizados durante a tentativa de assalto foram abandonados pelos criminosos e encontrados na zona rural de Guarapuava na segunda-feira (18), em uma estrada do distrito de Palmeirinha.

Pelo menos cinco dos carros, segundo a PM, são blindados.

Para Schechter, levando em consideração outros grandes assaltos a transportadoras ao redor do Brasil, os veículos não devem ter sido blindados pelos criminosos, mas, sim, roubados por eles com estas características.

O advogado informou que, para blindar veículos como os apreendidos, o custo seria de aproximadamente R$ 60 mil no mercado regular. Há, entretanto, dificuldade técnica para este tipo de serviço.

"Geralmente, para a blindagem de veículos no Brasil, os elementos como vidros, placas, que são utilizados em veículos de luxo, são produtos controlados pelo Exército e que são aplicados por blindadoras. Não temos muitos desvios deste tipo de material. É muito difícil, mas não é impossível. Pelo histórico que a gente observa, eles furtam veículos deste tipo em outros estados ou em outros países, como Paraguai, Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia".

Confira, abaixo, os carros apreendidos pela polícia:

DOIS SANTA FÉ

UM ASX

UM TIGUAN

UM FREELANDER

UM OUTLANDER

UM LAND ROVER

UM VIRTUS

A Polícia Militar não especificou, até o fechamento desta reportagem, quais dos carros apreendidos eram blindados.

"Por outro lado, este evento demonstra um resultado positivo frente à ação das empresas de valores, que investiram fortemente em elementos alternativos de segurança que pudessem viabilizar a proteção não só das empresas, mas também dos funcionários. Então, mesmo com a tomada da cidade, a gente observa vítimas, mas os vigilantes que estavam na base acabaram não sendo vitimados, uma coisa que costumava acontecer antigamente", finalizou Schechter. (Clique aqui e leia a matéria na íntegra do G1).

Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Instagram e Facebook.

Blog: O Povo com a Notícia