A cada 10 anos, uma mulher é eleita governadora no Nordeste. Esta é a realidade, conforme levantamento feito pelo BNews Nordeste, nos últimos 40 anos.
Segundo a pesquisa, nas quatro décadas, desde 1982, apenas quatro mulheres foram eleitas em oito mandatos. De 82 até 90, nenhuma havia sido eleita. Em 1994 o Maranhão começou a mudar essa história.
Roseana Sarney, filha de José Sarney, foi eleita em 1994 pelo PFL. Quatro depois conseguiu a reeleição. Em 2002 foi a vez do Rio Grande do Norte eleger uma mulher. Wilma de Faria (PSB) foi a chefe do Executivo estadual naquele ano. Em 2006 ela foi reeleita.
O quinto mandato de uma mulher no Nordeste veio novamente com Roseana Sarney, em 2009, quando precisou assumir o governo após cassação de Jackon Lago.
Em 2010 pela primeira vez duas mulheres foram eleitas. Roseana, pela quarta vez, assumiu o governo do Maranhã, e Rosalba Ciarlini (DEM), que foi eleita no Rio Grande do Nordeste.
Em 2014 nenhuma mulher foi eleita. Em 2018, Fátima Bezerra (PT) deu o nome e foi consegrada governadora do Rio Grande do Norte.
A realidade do Nordeste é a mesma do Brasil. Só 6 Estados brasileiros elegeram mulheres governadoras em toda a história da República. Foram, no total, oito mulheres eleitas em 11 disputas eleitorais.
Além do Rio Grande do Norte e do Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Rio Grande do Sul também elegeram mulheres.
Apesar das iniciativas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para aumentar a participação feminina na política, as mulheres ainda são minoria a ocupar cargos eletivos no país. A proporção em relação ao total de eleitos não chega a 20%, em cada uma das últimas 4 eleições.
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