As cenas de violência registradas na última semana em Porto de Galinhas, no Litoral Sul do Estado, continuam a reverbertar e foram o motivo de um intenso debate entre deputados governistas e de oposição na Assembléia Legislativa (Alepe) nesta segunda-feira (05). Depois de ouvir duras críticas do deputado Romero Sales Filho (UB) às ações do governo estadual diante da crise, o deputado estadual e ex-secretário de Turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes (PSB), foi a tribuna defender a atuação da gestão Paulo Câmara (PSB) no caso.
"Houve, como manda a lei e a boa técnica policial, o uso progressivo da força, nos moldes como deveria ser feito. Acompanhou-se as manifestações pacíficas na manhã de quinta-feira, depois as interdições foram desfeitas na tarde da quinta-feira, houve o máximo da operação quando, na noite de quinta-feira os atos se tornaram mais violentos. Evidentemente , a ação violente é por si só,extravagante, extraordinária, às vezes surpreende, mas o fato é que o Estado agiu como deveria, de maneira justa, adequada, no tempo que deveria acontecer e, inclusive, no tempo que deveria acontecer e, inclusive, em sintonia com o Poder Municipal!, observou Novaes durante a sessão.
Rodrigo Novaes também chegou a rechaçar o que classificou como "uso político" do que ocorreu no destino turístico, e chamou a atenção do deputado Alberto Feitosa (PL) e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), e outro critico da ação do governo estadual em Porto de Galinhas, para o fato de que o governo federal também tem responsabilidades sobre a situação do tráfico de drogas no País.
"É como se o tráfico de drogas fosse algo de Ipojuca ou de Pernambuco, Não há tráfico de drogas no Rio de Janeiro, não há tráfico de drogas em São Paulo, no Centro-Oeste, em Minas Gerais, no Mato Grosso, na região Norte, no Amazonas, na Bahia, no Ceará, no Espirito Santo. Eu posso citar todos os estados da Federação onde o tráfico de drogas tem uma força descomunal, mas o problema não é do governo federal, mas do Governo de Pernambuco", disse o ex-auxiliar de Paulo Câmara, em tom de ironia.
"Para se combater o crime, principalmente o crime organizado, é preciso ter responsabilidade e maturidade. Não dá para fazer do tráfico de drogas um palanque político. Não dá para você apontar o dedo, apontando culpas, com palavras de ordem ou frases de expressão para ver se vira matéria nos blogs, porque isso não vai cuidar do tráfico", completou Rodrigo Novaes.
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