A novela em torno da prisão do vereador de Petrolina, Gaturiano Pires da Silva, ou como é conhecido na cidade sertaneja, Gaturiano Cigano, parece estar longe de acabar.
O parlamentar é um dos alvos da operação Errantes, que investiga crimes
contra a Previdência Social. Ele está preso desde o último dia 23 de fevereiro.
O Ministério Público Federal (MPF) já entregou à Justiça a denúncia contra 28
pessoas investigadas pela operação, dentre elas Gaturiano. De acordo com sua
defesa, a oferta da denúncia causa surpresa, visto o sigilo legal do processo,
e acusou o MPF de ter adotado um “posicionamento midiático”.
Mas algumas outras situações pesam nessa história e têm deixado a
população petrolinense a fazer perguntas. Quando será instalada a Comissão de
Ética da Casa Plínio Amorim? como o vereador ainda não perdeu o mandato? e,
mais recentemente, por que as faltas dele durante as sessões da Câmara estavam
sendo justificadas como “motivo de força maior”, se a própria Casa havia
recebido oficialmente a notícia de sua prisão?
A essa última questão, o presidente da Câmara, Aerolande Cruz, respondeu
na sessão da última terça-feira.
O parlamentar apresentou um requerimento de última hora pedindo pela
votação, em plenário, pela reprovação da justificativa das faltas apresentadas
por Gaturiano desde a sua prisão. Para isso, o presidente utilizou a
justificativa do Regimento Interno.
“No artigo 81, que versa sobre a justificativa das faltas nas
sessões, fica claro que, no caso de Gaturiano, desde que fomos notificados
oficialmente da prisão, não temos como aceitar as justificativas de força maior. Portanto, todas essas faltas serão descontadas no seu salário
mensal porque nós temos que cumprir”. Com isso, 18 vereadores
votaram e reprovaram as justificativas de falta do vereador, que terá as
ausências descontadas do seu salário de parlamentar. (Via: Coluna da Folha PE - Carlos Britto)
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