O mais grave no episódio envolvendo a aplicação de vacinas de adultos em crianças, em caso que corre o país, não foi o ato em si, já condenável pelo erro grotesco.
O maior erro e desrespeito da Secretaria de Saúde e Setor de
Imunização de Afogados da Ingazeira foi não acionar um Gabinete de Crise,
convocar as mães, comunicar à sociedade e acompanhar caso a caso.
De acordo com relatos feitos por duas delas há pouco ao
programa Manhã Total, da Rádio Pajeú, pasmem, elas só tomaram conhecimento do
erro a partir da postagem do blog do Magno Martins, três dias depois da
aplicação. “Eu pensei que meu filho estava tendo uma reação normal, mas que
persistia. Ele teve febre com calafrios. Aí me mandaram a notícia e fiquei
desesperada e revoltada. Ninguém me ligou”, diz Roberta Souza, mãe de um garoto
de 9 anos. O filho está bem e foi inclusive à escola hoje.
Só depois do episódio é que a Secretaria de Saúde soltou uma
nota. “O Secretário soltou uma nota mentirosa. Queremos ouvir o que o prefeito
Sandrinho tem a dizer a respeito disso”, diz Estela Cavalcanti, outra mãe
revoltada.
Outro ponto que merece destaque é o fato de que, de acordo
com todos os especialistas, casos como esse não geram sequelas graves. Isso
porque a superdose tem como janela de maior observação as 48 horas subsequentes
ao episódio, como destacou o cientista da Fiocruz, falando ao Bom Dia
Pernambuco.
Isso porque o negacionismo busca se apoderar dessa informação
para causar pânico e pregar a não vacinação do público ainda imunizável. É como
corretamente destaca Roberta: “vacinas salvam vidas. Que as mães acompanhem de
perto para garantir que a dose correta seja aplicada”. Em suma, fiscalizar como
está sendo a aplicação é um direito. Vacinar, uma obrigação. (Via: Blog Nill Júnior)
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