A Ucrânia vive o 41º dia de ataques consecutivos desde a invasão russa, em 24 de fevereiro. O desgaste diplomático está cada vez maior e resvala em outros países. O governo ucraniano estima que 80% da população de Bucha, cidade próxima da capital Kiev, foi dizimada.
Nesta quarta-feira (06), as
cidades de Kharkiv, Mariupol e
Sievierodonetsk sofreram novos bombardeios. Prédios ficaram em chamas. Ainda
não há informações sobre mortos e feridos.
As tropas russas avançam sobre Kharkiv, no Leste, e a já devastada
Mariupol, no Sul.
A situação mais dramática é em Mariupol, onde 160 mil moradores que seguem
por lá estão sem energia, aquecimento ou água. Cerca de 90% dos imóveis da
cidade foram destruídos pela guerra.
O
governador da região leste de Luhansk, região separatista pró-Rússia, disse que
dez prédios estão em chamas na cidade vizinha de Sievierodonetsk.
População dizimada
O
prefeito de Bucha, Anatoliy Fedoruk, cidade onde a Ucrânia acusa a Rússia de
realizar um massacre de civis, anunciou que a população atual está estimada em
3,4 mil — 88% menor que os 30 mil registrados em 2021.
O mundo
ficar assombrado com vídeos divulgados no domingo (3/4), onde é possível ver
cenas chocantes da tragédia na cidade de Bucha.
As imagens mostram ao menos 20
cadáveres no chão e em valas comuns. O governo ucraniano diz que
mais de 400 corpos de civis foram encontrados na cidade.
Diplomacia em crise
O
primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, fez um apelo ao presidente russo,
Vladimir Putin, para um cessar-fogo imediato.
“A
resposta foi positiva, mas o presidente russo disse que isso tinha condições. E
eu não posso negociar para atender a essas condições. Deve ser ele e o
presidente ucraniano concordando com elas”, comentou Orban.
O chefe
da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, comparou a situação de
Mariupol a de Guernica, na Espanha, destruída por um intenso bombardeio durante
a Guerra Civil Espanhola, em 1937.
“Uma
cidade martirizada que foi destruída em crimes contra a população civil, crimes
de guerra. Faremos o que pudermos para ajudar os ucranianos e colocar pressão
sobre a Rússia”, repudiou. (Via: Metrópoles)
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