O X, antigo Twitter, anunciou atualizou suas regras para permitir oficialmente a divulgação de conteúdo adulto explícito. Esse tipo de material e a nudez já circulavam livremente na plataforma, mas, agora, eles estão formalmente liberados. — ao contrário do Facebook e do Instagram — nunca foram explicitamente proibidos, mesmo antes da aquisição por Elon Musk no final de 2022.
As novas diretrizes, divulgadas nesta segunda-feira (3), permitem que usuários publiquem "nudez adulta ou comportamento sexual produzido e distribuído consensualmente". A rede social de Elon Musk exige que esse conteúdo seja sinalizado e proíbe sua exibição de forma destacada, como em fotos de perfil. O X atualizou as diretrizes no último final de semana, declarando que "a expressão sexual, visual ou escrita, pode ser uma forma legítima de expressão artística".
As contas que publicam regularmente esse tipo de conteúdo deverão marcar automaticamente suas publicações de imagens e vídeos como conteúdo sensível.
Os posts adultos serão proibidos para usuários identificados como crianças ou usuários adultos que optarem por não o visualizar.
A política também se estende a conteúdos gerados por inteligência artificial, animações, desenhos animados, hentai e anime.
Mesmo com a mudança, a plataforma informa que proíbe "conteúdo que promova exploração, não consentimento, objetificação, sexualização ou danos a menores e comportamentos obscenos".
A equipe de segurança do X escreveu na própria rede que as novas diretrizes "trariam mais clareza às regras e transparência na aplicação dessas áreas".
A nova regra do X vai no sentido oposto ao de Facebook e Instagram. As duas redes controladas pela Meta dizem que proíbem nudez com algumas exceções, como em casos de amamentação, parto, em situações ligadas à saúde, em atos de protesto ou em pinturas e esculturas.
O TikTok afirma que proíbe nudez e que os vídeos que envolvam seminudez e exposição corporal de jovens também são proibidos. A rede social diz ainda que não permite uso de linguagem sexualmente explícita.
Desde que adquiriu o Twitter em 2022, com a intenção declarada de promover a liberdade de expressão, Musk enfrentou críticas por reduzir as equipes de moderação de conteúdo. Assumindo a responsabilidade pelo ato, a plataforma também passou por problemas técnicos e restabeleceu contas de teóricos da conspiração de direita e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Musk também pretende expandir a base de receita do X para além da publicidade e transformá-lo em um "super aplicativo", semelhante ao WeChat da China, que integra serviços de mensagens, chamadas de voz e vídeo, redes sociais, pagamentos móveis e reservas.
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