Pernambuco é o segundo estado do Nordeste com maior número de desaparecidos. Entre janeiro e julho deste ano, 1.694 casos foram somados pela polícia, segundo estatísticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Uma campanha foi lançada, na segunda-feira (26), para ajudar nas buscas.
A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas segue até o dia 30 de agosto. A iniciativa conta com três etapas, visando a coleta de amostras de DNA de familiares de desaparecidos; de impressões digitais de pessoas vivas com identidade desconhecida; e de impressões digitais de cadáveres não identificados.
Os materiais fornecidos nos quase 300 pontos de coleta espalhados pelo País (há dez em Pernambuco) vão fazer parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).
Haverá o cruzamento de dados das amostras utilizando técnicas de identificação genética, possibilitando testar os vínculos genéticos para se alcançar a identificação.
As amostras genéticas, de pessoas vivas e falecidas, com identidade desconhecida analisadas pelos laboratórios da RIBPG são enviadas rotineiramente ao Banco Nacional de Perfis Genéticos. Após a análise são feitos os cruzamentos de dados em nível nacional com perfis coletados pelos 23 laboratórios de genética forense que compõem a rede.
Em julho, um relatório apontou que existem 19.450 perfis coletados entre as amostras relacionadas a casos de desaparecimento.
Em Pernambuco, o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos é o órgão que atua na busca de pessoas desaparecidas, na identificação de restos mortais e na resolução de crimes, por meio da perícia de DNA.
"Foram 312 cadastros de familiares de desaparecidos e 1.690 perfis genéticos de restos mortais não Identificados incluídos na rede, até o momento", disse o gestor do instituto, o perito criminal Jeyzon Valeriano.
Segundo levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, desde o início de 2024 foi registrado no Brasil mais de 45 mil pessoas desaparecidas.
Dos 1.694 desaparecidos em Pernambuco, 61% são do sexo masculino. Além disso, 1.060 pessoas têm idades superior a 18 anos.
A Bahia lidera no Nordeste em número de desaparecidos: 2.185 casos nos primeiros sete meses do ano.
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COMO PROCURAR AJUDA?
Os familiares de pessoa desaparecida devem inicialmente registrar um boletim de ocorrência. No Recife, é possível buscar ajuda na Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa, localizada no bairro do Cordeiro. Em outras cidades, basta procurar a delegacia mais próxima.
Pernambuco conta com 10 pontos de coleta de DNA. O familiar deve apresentar um documento de identificação e o número do boletim de ocorrência, ou a cópia do mesmo, para ter material coletado e encaminhado ao Instituto de Genética Forense Eduardo Campos.
A coleta é um procedimento simples e indolor, feita por meio de saliva. Também é possível levar objetos de uso único e pessoal do desaparecido.
Quaisquer dúvidas e esclarecimentos, estão disponíveis os seguintes contatos: 3183-5682 / 3183-5683 / 98494-3251 e e-mail: dna@sds.pe.gov.br. (Via: Ronda Jc)
PONTOS DE COLETA EM PERNAMBUCO:
RECIFE
Instituto de Genética Forense Eduardo Campos – IGFEC
Rua São Geraldo, 111 – LD, Santo Amaro
CARUARU
Unidade Regional de Polícia Científica Agreste Central – URPOCAC
Rodovia BR 232, Km 130, s/n, Indianópolis
GARANHUNS
Unidade Regional de Polícia Científica do Agreste Meridional – URPOCAM
Av. Ministro Marcos Freire, 490, Heliópolis