Após o Brasil e outros países terem questionado a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), nas eleições da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro mandou indireta para o governo federal sobre as eleições no Brasil, embora não tenha citado o presidente Lula. As informações são do G1.
Ao defender a decisão do TSJ, Maduro disse que "os gringos não têm moral para se meter nos assuntos eleitorais nem políticos da Venezuela". Ele justificou que a eleição venezuelana foi confirmada por uma Corte superior, assim como aconteceu na vitória de Lula em 2022, mesmo argumento usado pelo presidente da Corte e o presidente da Assembleia Nacional.
"No Brasil, teve eleições e o presidente Bolsonaro não reconheceu os resultados, houve recurso ao 'Tribunal Supremo' de Brasil (TSE), que decidiu que os resultados eleitorais deram a vitória a Lula. Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil? Você fez um comunicado? (apontando para um membro da plateia) Você? Você? Venezuela disse algo? Dissemos apenas que respeitamos as instituições brasileiras e eles resolveram seus problemas internamente, como deve ser", disse Maduro.
Ao contrário da Venezuela, a eleição no Brasil foi validada por observadores internacionais, Tribunal de Contas da União (TCU) e Organização dos Estados Americanos (OEA). O observador internacional Centro Carter, por exemplo, que também atuou na Venezuela, considerou que a eleição no país venezuelano "não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerado democrático", além disso, afirmou que a autoridade eleitoral "demonstrou claro viés" a favor de Maduro.
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