Pedro Marques tinha uma saúde perfeita até o último dia 14 de abril, quando começou a ter dores na nuca. Até então, era uma situação rotineira, mas terminou tendo um fim trágico: ele perdeu os movimentos do pescoço para baixo sem ter sofrido nenhum acidente. As informações são do Uol.
Pedro passou uma semana sentindo dor, antes de ir para o hospital. E até o momento, os médicos não conseguiram encontrar o motivo dele ter perdido os movimentos sem sequer ter sofrido um acidente.
"No começo, senti muita dor no ombro esquerdo. Aí, do nada, parou, em um sábado. No domingo, a dor ficou muito forte na nuca, uma dor insuportável. Aí lá pelas 19h, eu fui para o hospital. Não estava paralisado.", explicou o estudante em entrevista para o portal Uol.
Os primeiros médicos que atenderam o rapaz deram analgesicos para ele, mas no mesmo dia, Pedro perdeu o movimento de todo o corpo em poucos minutos.
"Cheguei andando no hospital e paralisei lá dentro. Entrei com muita dor e estava tomando remédio na veia. Em um momento, tentei levantar para chamar a enfermeira, mas caí na poltrona, não senti mais o meu corpo.", contou.
Os médicos então começaram a fazer exames para descobrir o motivo da paralisação, como a retirada de líquido da medula do jovem duas vezes, para verificar se ele sofria de alguma doença autoimune, como a síndrome de Guillain-Barré, que causa fraqueza muscular e pode levar à paralisia, mas todas as hipóteses foram descartadas.
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Além disso, Pedro passou por uma arteriografia e por uma ressonância magnética, que diagnosticaram um sangramento na medula — de origem desconhecida até hoje — na altura da vértebra C4, passando por uma cirurgia para reduzir o sangramento e ficou em coma nos nove dias depois.
Entre a entrada no hospital e a alta se passaram 105 dias. Pedro contou que carrega uma frustração por não saber exatamente a causa de sua paralisação. Até o momento, o caso consta como "sangramento espontâneo na medula", um caso extremamente raro, segundo a equipe que o atende.
Quando acordou, Pedro se chocou ao ver o tubo da traqueostomia saindo de seu pescoço. Apesar disso, o jovem se surpreendeu com a própria tranquilidade. Atualmente, já com 24 anos, ele está começando a reabilitação dos membros, investindo em táticas diversas na tentativa de recuperar o máximo de movimentos possível.