Com a chegada de 2025, muitas pessoas começam a planejar novos projetos financeiros, como a compra de um veículo, a realização de reformas ou até mesmo a quitação de dívidas. Para alcançar esses objetivos, muitos optam pelo empréstimo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela fintech meutudo, 43% dos consumidores pretendem contratar crédito pessoal ou consignado no próximo ano, principalmente para pagar dívidas.
No entanto, para que essa decisão não prejudique a saúde financeira, o especialista Alexandre Vinicius Ferreira, líder de INSS da meutudo, alerta que é essencial se planejar de maneira estratégica.
"O consumidor deve considerar juros, prazos e custos totais ao optar por crédito, para que ele contribua para seus objetivos financeiros e não se torne um obstáculo no futuro. Consultar um especialista pode ajudar a tomar decisões mais equilibradas e adequadas às suas necessidades", afirma.
Se você está considerando contratar um empréstimo em 2025, confira cinco dicas para se organizar, segundo o especialista.
1 - Avalie sua necessidade
Antes de pedir um empréstimo, é importante pensar se você realmente precisa dele. Pergunte se a situação é urgente ou se pode ser resolvida com alternativas, como guardar dinheiro por alguns meses. Avaliar a necessidade significa entender se o empréstimo será usado para algo essencial, como saúde ou educação, ou se é apenas para um desejo momentâneo. Também é importante pensar no objetivo do empréstimo e se ele combina com suas prioridades financeiras e planos a longo prazo. Por exemplo, é mais justificável pedir um empréstimo para despesas essenciais do que para compras que não são urgentes.
2 - Avalie sua capacidade de pagamento e o impacto no orçamento
É crucial calcular suas fontes de renda e despesas fixas mensais para identificar quanto pode ser destinado ao pagamento das parcelas. O ideal é que as parcelas não ultrapassem 30% da sua renda líquida mensal, garantindo que você consiga honrar os pagamentos sem afetar sua qualidade de vida.
Além disso, é importante analisar o impacto da dívida a longo prazo, considerando possíveis desafios econômicos, como aumento do custo de vida ou das taxas de juros. Planeje não apenas o curto prazo, mas também como a dívida pode afetar seus objetivos futuros, como aposentadoria, compra de imóvel ou educação. Ferramentas como simuladores de empréstimos ajudam a visualizar os impactos no orçamento, permitindo um planejamento contínuo e equilibrado.
3 - Escolha a modalidade de crédito certa para sua situação
Existem diversas modalidades de crédito, e cada uma é mais adequada a uma necessidade específica. O crédito consignado é indicado para quem tem uma fonte de renda fixa, como o salário, pois oferece taxas mais baixas e menos riscos de inadimplência. Já a antecipação do saque-aniversário do FGTS é útil para quem precisa de dinheiro rápido e possui saldo no fundo. Outra alternativa é o Pix Parcelado do INSS, modalidade inédita da empresa que permite aos aposentados e pensionistas receberem valores via Pix, em até 12 vezes. Avalie a sua situação financeira e escolha a modalidade de crédito que melhor se encaixa nas suas necessidades e capacidade de pagamento.
4 - Pesquise as taxas de juros e condições do empréstimo
As taxas de juros podem variar entre as instituições financeiras, o que torna essencial comparar as opções disponíveis. Por exemplo, o empréstimo pessoal pode ter uma taxa de juros mensal média a partir de 2,65%, enquanto o crédito consignado, no qual as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, pode oferecer uma taxa máxima de 1,66% ao mês. Realizar uma pesquisa cuidadosa sobre as diferentes modalidades de crédito ajuda a encontrar a melhor alternativa para suas necessidades. Além disso, é fundamental estar atento a outros custos adicionais, como tarifas de adesão ou seguros, que podem elevar o valor total do empréstimo. Leia o contrato com atenção para compreender todas as condições envolvidas.
5 - Esteja preparado para imprevistos
Imprevistos podem acontecer, mesmo com um bom planejamento. Ter uma reserva de emergência ajuda a cobrir despesas inesperadas, como perda de emprego ou problemas de saúde, sem recorrer ao crédito e acumular dívidas.
O ideal é que essa reserva cubra de três a seis meses de despesas essenciais, dependendo das suas circunstâncias. Isso proporciona mais tranquilidade e segurança, além de melhorar sua capacidade de negociar condições de crédito. Ter essa reserva evita o uso de crédito em emergências e o risco de endividamento excessivo.
Além disso, Ferreira reforça que entender as mudanças econômicas, como o aumento do salário mínimo em 2025, é essencial para tomar decisões financeiras mais conscientes. "Para os beneficiários do INSS, o reajuste pode resultar em um limite maior para empréstimos consignados, já que ele impacta diretamente a margem consignável, que é calculada com base no valor do benefício. Isso oferece uma oportunidade para quem precisa de dinheiro extra, mas é importante avaliar o momento e as condições antes de tomar qualquer decisão".
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