Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, policial civil e membro da equipe de segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima, é alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizada nesta terça-feira (17). A ação busca desarticular um esquema de corrupção envolvendo policiais civis com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do G1.
Rogerinho foi mencionado na delação do empresário Vinícius Gritzbach, executado no mês passado na saída do Aeroporto de Guarulhos. Segundo as denúncias, o policial é suspeito de ostentar um relógio supostamente pertencente a Gritzbach, resultado de negociações ilegais entre os dois. Além disso, ele teria vínculo com uma clínica de estética, uma empresa de segurança privada e uma construtora, negócios considerados incompatíveis com seu salário de pouco mais de R$ 7 mil.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca em endereços ligados a Rogerinho, mas não conseguiu localizá-lo.
Sete pessoas já foram presas na operação
Até o momento, a operação prendeu sete pessoas, incluindo o delegado Fabio Baena e os policiais civis Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo "Bombom". Outros detidos são Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura, o Molly, todos suspeitos de ligação com o PCC.
Segundo as investigações, os policiais envolvidos teriam manipulado investigações, vendido proteção a criminosos e facilitado operações de lavagem de dinheiro da facção, que teria movimentado mais de R$ 100 milhões desde 2018.
As investigações apontam que a rede criminosa operava por meio do vazamento de informações sigilosas e cobrança de propina para beneficiar membros do PCC. Entre as medidas tomadas, estão o bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens e a expedição de oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no interior.
O advogado Daniel Bialski, que defende os policiais Fabio Baena e Eduardo Monteiro, classificou as prisões como abusivas e declarou que aguardará o acesso à decisão judicial para se manifestar.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil está colaborando com a operação.
Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
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