Tráfico de drogas internacional por meio de aviões, envio de granadas, fuzis e diversas outras armas para Bahia, outros estados, e até exterior, além da aliança com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Essas eram apenas algumas das formas de “negócio” em que Jasiane Teixeira, conhecida como Dona Maria, realizou antes de ser presa na sexta-feira (24) em São Paulo.
Todas essas “credenciais” alçaram Jasiane ao posto de “maior traficante de drogas e armas da Bahia”. No entanto, a criminosa viu seu império ruir após uma mega-operação que uniu as forças de segurança paulista e baiana.
O BNews detalhou a extensão de todo o esquema criminoso liderado pela baiana — que ultrapassava as fronteiras da Bahia e até do Brasil.
Ela comandava uma rede criminosa de proporções internacionais, utilizando até mesmo aeronaves para transportar cocaína e armamentos pesados para facções em várias partes do país. A mulher ficou conhecida por utilizar métodos sofisticados para movimentar o tráfico de drogas incluindo a utilização de aviões.
Um dos veículos utilizados para transportar cocaína e armamentos de outros países, um Cessna Aircraft cortava a América Latina passando por Bolívia, Venezuela, Colômbia e Peru, até a Bahia e outros estados brasileiros.
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Em 2019, uma aeronave foi apreendida pela polícia de Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano. Na época, junto com ela, três homens foram presos. O avião foi leiloado em 2020 por R$ 800 mil. Jasiane foi libertada em março de 2020, após decisão judicial que considerou ilegal sua prisão semiaberta uma vez que a presa tem dois filhos pequenos.
Em solo baiano, a traficante também é acusada de comandar o tráfico de drogas e armas na região de Vitória da Conquista e outras áreas do Sudoeste baiano. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Jasiane é investigada por vários crimes, incluindo homicídios, tráfico de drogas e armas, corrupção de menores e falsidade ideológica.
Ela também é suspeita de ter sido responsável pela morte de um agente penitenciário e por intermediar a compra de armamento pesado, como fuzis e granadas, para os grupos criminosos sob seu comando
A criminosa foi, inclusive, uma das figuras de destaque no famoso “Baralho do Crime” da SSP-BA, ocupando a posição de dama de copas na lista dos criminosos mais procurados do estado.
Além disso, em São Paulo, as investigações apontam que a baiana é suspeita de ser sócia do PCC e de liderar o Bonde do Neguinho (BDN). Condenada por homicídio, no momento da prisão, a polícia paulista apreendeu R$ 66 mil em espécie, anotações sobre o tráfico e celulares com Dona Maria.