Repercutiu positivamente o desempenho do candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, no programa Roda Vida, segunda-feira passada, na TV-Cultura. Seguro, afirmativo e objetivo, mostrou amplo conhecimento dos mais variados temas abordados pelos jornalistas.
Não fugiu a nenhum enfrentamento, mesmo quando forçado a tratar das questões da província que parecem contrariar o seu discurso. Eduardo teve que explicar por que prega a aposentadoria de raposas felpudas como José Sarney e em Pernambuco é alinhado do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti.
Experiente e talentosa jornalista, Dora Kramer quis saber como o ex-governador iria por em prática a nova política com um Congresso fisiológico e adesista. Ele sugeriu que governaria com a banda sadia e que a podre seria expurgada pela própria sociedade.
Mas na prática as coisas não acontecem assim. Lula chamou Sarney de ladrão e governou com o velho cacique os dois mandatos outorgados pelo povo. Dilma manteve a mesma base e quando tentou fazer uma faxina acabou sofrendo derrotas no Congresso e retaliações da base.
Eduardo continua dócil com Lula, mesmo tendo sido comparado a Collor, conforme lembrou ao longo do programa o jornalista Augusto Nunes. Talvez por uma estratégia, achando que atrairá eleitores de Lula que não queiram votar em Dilma, o candidato socialista vai exercitando a arte de engolir sapos na relação com Lula.
Mas, lá na frente, quando o jogo endurecer e Lula perceber que a reeleição de Dilma ameaça, certamente endurecerá muito mais o jogo em direção a Eduardo se este tiver chances de ir ao segundo turno e não Aécio.
Se o adversário de segundo turno vir a ser Aécio, Lula evitará nocautear o socialista, pois conta com o seu apoio a Dilma no segundo turno, o que parece um caminho natural, apesar das notícias de que teria firmado um pacto com Aécio. (Magno Martins)
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