O presidente Michel Temer acaba
de anunciar que determinou o uso “das forças federais de segurança” contra os
caminhoneiro. "Comunico que acionei as forças federais de segurança para
desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam
o mesmo", disse o presidente.
Segundo o G1, Temer tomou a decisão depois de se reunir com ministros para
uma "avaliação de segurança" sobre a situação no país, já que a greve
dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado entre governo e
representantes da categoria na noite de quinta (24).
A paralisação caminhoneiros chegou ao quinto dia, com bloqueios de
rodovias em protesto contra a alta do diesel e a política de preços da
Petrobras, em vigor desde julho de 2017.
Temer disse que o governo atendeu os pedidos dos caminhoneiros, mas,
segundo ele, uma "minoria radical" dos grevistas não quis cumprir o
acordo.
Em razão da paralisação, há registros de falta de alimentos em
supermercados e de combustível em postos de gasolina, o transporte coletivo em
diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a
ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
O governo federal e representantes de caminhoneiros anunciaram proposta
para suspender a greve por 15 dias. Contudo, as manifestações continuaram pelo
país.
Mais cedo, Padilha afirmou que é preciso "dar um tempo" aos
caminhoneiros, pois o fim da greve não ocorre de forma imediata. O ministro
afirmou que o governo "confia" que a categoria vai cumprir o acordo
nos próximos dias.
Na quinta, entre outros pontos, o governo propôs aos caminhoneiros manter
a redução de 10% do preço do óleo diesel nas refinarias e reajustar o preço com
periodicidade mínima de 30 dias.
A partir disso, a cada 30 dias, a Petrobras vai estipular o preço que será
cobrado nas refinarias ao longo do mês. A União vai compensar a Petrobras por
eventuais perdas e a estimativa é de que repasse R$ 4,9 bilhões à estatal até o
final do ano.
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