A Justiça decretou nesta
sexta-feira (11) a prisão preventiva do ex-vereador de Diadema Manoel Eduardo
Marinho, o Maninho do PT, e seu filho Leandro por tentativa de homicídio de um
manifestante em ato em frente ao Instituto Lula, em abril.
Na quinta-feira (10), a denúncia do Ministério Público foi aceita,
excluindo um terceiro suspeito das agressões. O caso agora tramitará na Justiça
e os réus podem ser levados a júri popular.
A defesa de Marinho nega que tenha havido tentativa de homicídio e
informou que vai recorrer.
Em decisão, a juíza Débora Faitarone considerou que os réus "não
podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso contra a vida,
praticado de maneira tão covarde".
Pai e filho foram denunciados por tentativa de homicídio duplamente
qualificado, pelo motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da
vítima.
"As imagens demonstraram que a vítima, por diversas vezes, pediu para
que os réus mantivessem a calma. Ela ergueu o braço, com a palma da mão aberta
e implorou para que eles cessassem as agressões. Ela tentou fugir dos réus, mas
infelizmente não conseguiu", anotou a juíza.
"A liberdade dos acusados geraria, na sociedade, uma enorme sensação
de impunidade e a impunidade é um convite ao crime", argumentou.
O administrador Carlos Alberto Bettoni sofreu traumatismo craniano, foi
submetido à cirurgia e permaneceu por 20 dias na UTI. Hoje está em casa.
Bettoni foi agredido pelo ex-vereador e o filho depois de insultar o
senador Lindbergh Farias (PT-RJ), durante protesto contra o mandato de prisão
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 5 de abril.
A agressão foi registrada por emissoras de TV. "As imagens são
chocantes e revelam, por parte dos réus, brutalidade e enorme covardia",
disse a juíza."
Mesmo com a vítima caída, com uma poça de sangue que escorria pela sua
cabeça em via pública (ela parecia estar convulsionando), os réus afastaram-se
do local, demonstrando frieza e total desprezo pela vida humana."
OUTRO LADO
A defesa de Marinho disse que "a decisão foi uma surpresa e não
corresponde à realidade dos fatos. O próprio laudo pericial acostado nos autos
demonstra que não houve tentativa de homicídio".
Sua advogada, Patrícia Cavalcanti, disse que recorrerão.
Blog: O Povo com a Notícia
Via: Folhapress