Análise dos procuradores federais
e advogados membros da Advocacia-Geral da União (AGU) comprovou que os
problemas relacionados à correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) somente atingiram 0,15% dos exames.
Comunicado divulgado nesta sexta-feira (24) pela AGU diz que todas as
notas de todos os candidatos foram revistas após a identificação do erro, o que
"elimina a possibilidade de qualquer equívoco e torna desnecessária a
intervenção do Poder Judiciário".
As equipes da AGU também ressaltaram que o prazo final para as inscrições
no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi prorrogado “justamente para conferir
tratamento isonômico a todos os candidatos interessados em se inscrever no
processo seletivo”, ressalta o texto.
A AGU diz ainda em nota que qualquer adiamento ou suspensão de prazos no
Sisu pode causar prejuízos “incalculáveis” às instituições de ensino e aos
candidatos por causa do consequente adiamento de prazos de matrícula e início
do calendário universitário.
“Os esclarecimentos já resultaram no indeferimento de liminares pleiteadas
em duas ações populares – uma no Distrito Federal e outra no Maranhão –
pleiteando nova revisão das notas do Enem e prorrogação dos prazos de inscrição
no Sisu”, acrescenta a nota.
A decisão proferida pelo juízo do Distrito Federal, que, segundo a AGU,
acatou integralmente o pedido da União, diz que, “a partir da documentação
anexada pelo Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira], inexiste prejuízo concreto aos candidatos abarcados pelo
equívoco na atribuição de pontuação”.
Já a decisão da Justiça do Maranhão destaca que “as informações trazidas
pela União e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) nas petições apresentadas dão conta de que já houve encaminhamento para
atualização e disponibilização dos resultados aos participantes” e que não
havia nos autos elementos que comprovassem que os candidatos ainda não tinham
recebido resposta ou correção das provas.
Desde a correção das provas, foram ajuizadas 18 ações relacionados ao
Enem, a maioria mandados de segurança pedindo revisão da nota. Em três
mandados, foi concedida liminar acatando o pleito do candidato. A AGU afirmou
que irá recorrer das decisões. (Via: Agência Brasil)
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