Uma investigação da Polícia Federal apontou que o senador Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo na Casa, seria o verdadeiro dono de
uma concessionária de veículos em Petrolina, no Sertão pernambucano, seu reduto
eleitoral. A empresa está no nome de um primo dele e, segundo documentos da PF
obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi apontada por delatores como
destinatária de supostas propinas ao parlamentar.
A suspeita foi reforçada, de acordo com reportagem do Estadão, após a
análise de documentos apreendidos no gabinete do pernambucano, em uma operação
da Polícia Federal, e de conversas dele com familiares e empresários no
WhatsApp.
A ação da PF foi em setembro do ano passado e
investiga supostas irregularidades em contratos da transposição do rio São
Francisco quando Fernando Bezerra Coelho era ministro da Integração Nacional.
Hoje líder do governo Jair Bolsonaro (sem partido), ele ocupou o cargo na
gestão de Dilma Rousseff (PT), período em que ele era filiado ao PSB.
De acordo com o jornal, a informação de que a concessionária de veículos
seria usada para o repasse de suposta propina foi de um dos delatores, o
empresário João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, dono
do avião que era usado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Defesa
Em nota, o advogado do senador, André Callegari, afirmou:
“A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho recebeu com muita
tranquilidade o pedido de prorrogação das investigações feito pela Polícia
Federal. O que é de se estranhar, contudo, é o fato de que, diante da ausência
de compatibilidade entre os relatos dos supostos colaboradores, a autoridade
policial passe a criar novas hipóteses absolutamente inconsistentes e que
sequer guardam relação aos fatos que investiga. De se destacar que indícios
jamais podem significar suposições, e é somente nessas últimas que o pedido de
prorrogação se sustenta. O senador Fernando Bezerra Coelho não é sócio oculto
de qualquer empresa, e todas suas informações fiscais estão devidamente
registradas junto aos órgãos de controle. O ponto mais importante dessa
investigação é o fato de que, ao final, certamente restará comprovado que as
hipóteses criadas por pretensos colaboradores não encontram qualquer respaldo
na realidade dos fatos.” (Via: jornal O Estado de S.
Paulo)
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