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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

‘Estarei no palanque de Bolsonaro’, diz Joaquim Francisco após desistir de candidatura no Recife


O ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) desistiu de disputar a eleição para prefeito do Recife. Em entrevista à Rádio Jornal nesta sexta-feira (31), Joaquim disse que estará no palanque do presidente Jair Bolsonaro na capital pernambucana, mesmo sem ser o postulante majoritário.

“Desisti (de concorrer) por um conjunto de insegurança, sou um homem público e continuarei sendo. Não estou com ânimo nem motivado para enfrentar para entrar numa campanha política  porque há dificuldades de financiamento de campanha. Se é fundo público, (acham) um absurdo, se é empresa privada, (consideram) ilegal, se são pessoas físicas, (alegam que) os partidos não têm credibilidade”, justificou a desistência.

Além disso, Joaquim Francisco apontou as redes sociais e o fator digital como um dos obstáculos. “A mídia virtual é um elemento novo. Todo mundo se sente representado por si mesmo. Acho que o mundo tem que repensar a sua democracia representativa. Você acumula experiência, capacidade de participação, mas tem que participar de um mundo novo, que é cheio de fake news”, acrescentou. 

Joaquim Francisco afirmou ainda que estará no palanque do presidente Jair Bolsonaro no Recife e ressaltou que irá participar da campanha política. 

“Estarei no palanque do presidente Bolsonaro. Vou apoiar, estarei na campanha, em oposição ao prefeito do Recife e ao governador (ambos do PSB). Acho que um grupo está no poder durante mais de 15 anos, daqui a pouco vai ser um repeteco da Rússia com Vladmir Putin. Aliás, eu fui prefeito duas vezes, se fosse nos Estados Unidos, eu não poderia ser mais porque lá quem é presidente duas vezes não pode ser uma terceira para oxigenar o poder”, disse o tucano, que ainda descartou a possibilidade de ser candidato a vereador da capital.

O ex-governador defendeu a união entre as forças de oposição para a eleição do Recife e minimizou as dificuldades para encontrar a unidade no grupo. 

“É um problema que existe na política, em todas as correntes. Quando você vai fazer uma união, é sempre difícil. Mas acho que é possível. Mendonça Filho já considerou isso, Daniel Coelho também, André de Paula que admitiu candidatura, eu também antes. Nada na engenharia política é fácil”, disse. 

Joaquim Francisco considera “ideal” uma candidatura única do grupo da direita no Recife. “Se não pudermos ter um candidato, podemos ter dois e unir no segundo turno. Acho que o ideal é uma união já no primeiro, mas podemos no segundo se unir sim”, afirmou.

Mesmo defensor do presidente Jair Bolsonaro, Joaquim Francisco disse que sua pré-candidatura não teve resistência interna no PSDB, partido ao qual é filiado e que tem demonstrado divergências com o Planalto, sobretudo por parte do governador de São Paulo, João Doria, apontado como candidato à Presidência em 2022.

“Não tive resistência (no PSDB). Sempre tive um bom diálogo com o presidente do partido, Bruno Araújo. Tive apoio de vários partidos, depois o grupo que representa o presidente Bolsonaro sinalizou”, completou Joaquim.

Na avaliação do ex-governador, a radicalização vigente no Brasil seria fruto de atos do PT no passado, e não por parte do momento atual com Jair Bolsonaro na Presidência. 

“Quem deu um treinamento para essa radicalização no país foi o PT. O PT pichava os muros contra todos os presidentes antes da eleição de Lula. Então, o país não está radicalizado por conta desse momento, e sim porque o grupo que estava no poder durante 13 anos achava que tinha os rumos da verdade”, afirmou. (Via: Blog do Jamildo - Rádio Jornal)

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