O ex-governador Joaquim Francisco
(PSDB) desistiu de disputar a eleição para prefeito do Recife. Em entrevista à
Rádio Jornal nesta sexta-feira (31), Joaquim disse que estará no palanque do
presidente Jair Bolsonaro na capital pernambucana, mesmo sem ser o postulante
majoritário.
“Desisti (de concorrer) por um conjunto de insegurança, sou um homem
público e continuarei sendo. Não estou com ânimo nem motivado para enfrentar
para entrar numa campanha política porque há dificuldades de
financiamento de campanha. Se é fundo público, (acham) um absurdo, se é empresa
privada, (consideram) ilegal, se são pessoas físicas, (alegam que) os partidos
não têm credibilidade”, justificou a desistência.
Além disso, Joaquim Francisco apontou as redes sociais e o fator digital
como um dos obstáculos. “A mídia virtual é um elemento novo. Todo mundo se
sente representado por si mesmo. Acho que o mundo tem que repensar a sua
democracia representativa. Você acumula experiência, capacidade de
participação, mas tem que participar de um mundo novo, que é cheio de fake
news”, acrescentou.
Joaquim Francisco afirmou ainda
que estará no palanque do presidente Jair Bolsonaro no Recife e ressaltou que
irá participar da campanha política.
“Estarei no palanque do presidente Bolsonaro. Vou apoiar, estarei na
campanha, em oposição ao prefeito do Recife e ao governador (ambos do PSB).
Acho que um grupo está no poder durante mais de 15 anos, daqui a pouco vai ser
um repeteco da Rússia com Vladmir Putin. Aliás, eu fui prefeito duas vezes, se
fosse nos Estados Unidos, eu não poderia ser mais porque lá quem é presidente
duas vezes não pode ser uma terceira para oxigenar o poder”, disse o tucano,
que ainda descartou a possibilidade de ser candidato a vereador da capital.
O ex-governador defendeu a união entre as forças de oposição para a
eleição do Recife e minimizou as dificuldades para encontrar a unidade no
grupo.
“É um problema que existe na política, em todas as correntes. Quando você
vai fazer uma união, é sempre difícil. Mas acho que é possível. Mendonça Filho
já considerou isso, Daniel Coelho também, André de Paula que admitiu
candidatura, eu também antes. Nada na engenharia política é fácil”,
disse.
Joaquim Francisco considera “ideal” uma candidatura única do grupo da
direita no Recife. “Se não pudermos ter um candidato, podemos ter dois e unir
no segundo turno. Acho que o ideal é uma união já no primeiro, mas podemos no
segundo se unir sim”, afirmou.
Mesmo defensor do presidente Jair Bolsonaro, Joaquim Francisco disse que
sua pré-candidatura não teve resistência interna no PSDB, partido ao qual é
filiado e que tem demonstrado divergências com o Planalto, sobretudo por parte
do governador de São Paulo, João Doria, apontado como candidato à Presidência
em 2022.
“Não tive resistência (no PSDB). Sempre tive um bom diálogo com o
presidente do partido, Bruno Araújo. Tive apoio de vários partidos, depois o
grupo que representa o presidente Bolsonaro sinalizou”, completou Joaquim.
Na avaliação do ex-governador, a radicalização vigente no Brasil seria
fruto de atos do PT no passado, e não por parte do momento atual com Jair
Bolsonaro na Presidência.
“Quem deu um treinamento para essa radicalização no país foi o PT. O PT
pichava os muros contra todos os presidentes antes da eleição de Lula. Então, o
país não está radicalizado por conta desse momento, e sim porque o grupo que
estava no poder durante 13 anos achava que tinha os rumos da verdade”, afirmou. (Via: Blog do Jamildo - Rádio Jornal)
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