O presidente Jair Bolsonaro
voltou a acenar pela aprovação do Fundo Eleitoral no valor de R$ 2 bilhões,
mas, na manhã desta sexta-feira (3), disse que pretende enviar uma proposta ao
Congresso para que os partidos possam usar o valor para investir em obras
públicas que levem benefícios à população.
Sem esclarecer se a proposta é de alterar as atuais regras dos fundos
partidários, Bolsonaro pediu que o problema não seja atribuído à sua gestão e
lembrou que a lei do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foi
sancionada em 2017.
“Se tiver oportunidade, quero apresentar projeto sobre o dinheiro do
fundão, para que os partidos possam usar em Santas Casas, escolas, fazer uma
ponte. Acho que estaria sendo bem usado. Ou revogue a lei de 2017. Não bote no
meu colo o problema”, disse.
Empenhado na busca de provar a sua contrariedade com o "fundão",
o presidente tem dado declarações para eximir a sua responsabilidade do
assunto. Desta vez, chegou a classificar o montante aprovado como uma
"bomba que estourou em seu colo", de acordo com informações do Estadão.
Bolsonaro prometeu ainda que o seu futuro partido, o Aliança pelo Brasil -
que espera que seja aprovado a tempo das eleições muncipais - não vai se
beneficiar do Fundo Eleitoral. "Vou ter zero do fundão”, garante. O
capitão adotou também uma postura pacífica em relação aos outros dois Poderes e
disse que não vai "bater em ninguém".
“Muita gente acha que tenho de ser o ‘machão’. Bate no Parlamento, bate no
Judiciário, bate no TCU (Tribunal de Contas da União). Não tem de bater em
ninguém”, afirmou.
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