O
ex-governador de Pernambuco Joaquim
Francisco (PSDB) pode ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Prefeitura
do Recife. E tudo depende do
destino do novo partido do presidente, o Aliança pelo Brasil. Se não
conseguirem oficializar a legenda a tempo, dirigentes veem com bons olhos o
nome do tucano como uma alternativa à direita no Recife. As informações são da
coluna do Estadão.
Corrida contra o tempo
O Aliança
pelo Brasil ainda não existe e
corre contra o tempo para ter status oficial de partido político. No momento,
os apoiadores se esforçam na coleta de assinaturas físicas.
A
futura legenda conta com o apoio de igrejas e entidades empresariais e já
reuniram mais de 110 mil rubricas, segundo o Correio Braziliense. São
necessárias 492.015 assinaturas para ganhar o registro na Justiça Eleitoral a
tempo de participar das eleições municipais de outubro deste ano.
Enquanto
isso, o presidente Jair Bolsonaro intensifica a atuação como
"garoto-propaganda" do partido que deseja criar. Ele deve viajar para
21 estados até o final de fevereiro, participando pessoalmente da coleta de
assinaturas de apoio em alguns desses locais, principalmente no Nordeste.
Bolsonaro
disse que a Aliança não é ''um negócio'', e que saiu do PSL por isso.
"Fiquei 28 anos dentro do parlamento. Dois anos como vereador no Rio de
Janeiro, 30 anos de vida pública, nunca tive um diretório municipal. Em parte,
o problema que tivemos no partido que deixei há poucas horas foi essa questão:
negociar legenda, vender tempo de televisão e fazer do partido um
negócio", afirmou Bolsonaro durante a cerimônia de lançamento do
partido.
O
presidente também afirmou que a nova legenda terá um perfil conservador e
dará "crédito" aos valores familiares. "O estatuto está muito
bonito, mas nós queremos que isso na prática venha a se fazer valer quando ele
for criado", disse.
Tucano
Joaquim
Francisco tem 71 anos, é advogado, formado pela Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) desde 1970, e procurador do Estado aposentado. Filiado ao
PSDB, ocupou outros cargos públicos. Além de governador, foi também ministro,
prefeito, deputado federal, deputado constituinte e secretário de Estado. Hoje
tucano, ele já foi filiado à Arena, PDS, PFL, DEM e PSB.
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