Em entrevista coletiva nesta
terça-feira (7) no Palácio da Alvorada, após confirmar o diagnóstico positivo
para Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a
hidroxicloroquina e admitiu que já iniciou o tratamento junto com
azitromicina.
Sem cumprir a recomendação de
isolamento para aqueles que são contaminados com a doença, o presidente chegou
a se afastar dos repórteres e tirar a máscara para mostrar o seu rosto e dizer
que estava "bem".
O discurso do presidente não
foi diferente do que vinha sendo dito nos últimos meses. Novamente Bolsonaro
minimizou os efeitos do novo coronavírus em "jovens" e garantiu:
"Não precisa entrar em pânico, a vida continua".
"O cuidado mais
importante com entes queridos, idoso, o geral é tomar cuidado mas não precisa
entrar em pânico, a vida continua. Todo mundo está em grande parte preocupado
com fim da vida laborial [sic], caso contrário a economia pode nos colocar em
uma situação bastante complexa", declarou o capitão, que alertou para o
risco do aumento de suicídios caso haja um colapso econômico.
Segundo Bolsonaro, a chance de
uma pessoa sem comorbidades pré-existentes e jovens de morrer "é
praticamente zero", apesar de não citar fontes que comprovem este dado.
Também sem embasar a fala em
comprovações científicas, o presidente afirmou que a hidroxicloroquina tem uma
taxa de "quase 100%" de sucesso com pacientes ainda em estágio
inicial da doença.
Sobre as críticas de veículos
internacionais à omissão do Governo Federal, Bolsonaro jogou na conta de
prefeitos e governadores, que após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
tiveram autonomia para decidir sobre normas de distanciamento social.
Para o presidente, a
possibilidade de defenir diretrizes para enfrentar a pandemia "passou a
ser privativa" de governadores e prefeitos e, o sucesso ou fracasso delas,
não é de sua responsabilidade.
Blog: O Povo com a Notícia