Nas últimas 24 horas, o estado de
São Paulo registrou 16.777 casos confirmados de covid-19, batendo novo recorde.
O recorde anterior havia ocorrido no dia 2 de julho, quando o estado somou
12.244 casos. O estado chegou a contabilizar mais de 19 mil casos em um único
dia, mas isso tinha sido resultado de um acúmulo de dias por causa de um
problema no sistema de contabilização do Ministério da Saúde.
Do total de novos casos, 9.683 são ativos, confirmados por meio de exames
de RT-PCR.
Segundo o novo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o recorde
se deve pelo aumento na quantidade de exames que estão sendo processadas no
estado. “Não é piora estatística, mas maior testagem”, destacou.
De acordo com o coordenador executivo do Centro de Contingência do
Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, o número de casos notificados nas
últimas 24 horas “foi maior do que era esperado”.
No entanto, disse ele, o número de casos deve ser sempre analisado por sua
média móvel, ou seja, a soma dos números registrados durante toda a semana,
dividida pelo número de dias.
“Esta semana, de domingo até hoje (22), da 30ª Semana Epidemiológica,
vamos chegar a 27 mil casos confirmados. Nos mesmos dias, na semana anterior, a
29ª Semana Epidemiológica, tivemos 35 mil casos confirmados. Nessa semana,
comparando com a semana anterior, tivemos decréscimo de 22%. Então não nos
preocupa esse número [recorde das últimas 24 horas]. Provavelmente ontem saiu
um quantitativo de resultados de laboratórios de dias em que estava com demanda
reprimida”, disse.
Com isso, o estado soma 439.446 casos confirmados do novo coronavírus, com
299.647 pessoas recuperadas, sendo 60.866 curadas após internação.
Até este momento, o estado registra 20.532 mortes por covid-19 [a doença
provocada pelo novo coronavírus], sendo 361 delas contabilizadas nas últimas 24
horas.
Há 5.416 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) de todo
o estado em casos confirmados ou suspeitos da doença, além de 8.055 pessoas
internadas em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está
em torno de 66,5%, enquanto na Grande São Paulo gira em torno de 64%.
Segundo Gabbardo, houve um pequeno aumento na ocupação de leitos de UTI no
estado nos últimos dez dias. Mas isso, segundo ele, “é um número muito
pequeno”. “E consideramos que esse aumento na região metropolitana esteja
ocorrendo por migração de pacientes do interior”, justificou.
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