Levantamento do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP), ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) registram que os suicídios aumentaram 112% entre profissionais de forças de segurança. O alerta é do Deputado Joel da Harpa que está preocupado com a saúde mental dos policiais e bombeiros militares.
“Hoje, perdemos mais um
profissional. Quantos mais precisam morrer? É preciso que haja uma política pública
voltada para a saúde mental dos policiais em Pernambuco. Precisaríamos ter
psicólogos disponíveis para esses profissionais em cada quartel e em cada
delegacia do Estado”, defende Joel. Segundo ele, vemos também muito policiais
que desenvolvem dependência de álcool e drogas quando passam para a reserva
remunerada.
Entre 2012 e 2018, 5.625
policiais militares (PMs) foram afastados das atividades por transtornos
mentais em Pernambuco, principalmente por depressão. “É preciso ter a
consciência de que problemas como a depressão, que estão diretamente ligados ao
suicídio, é uma doença e deve ser tratada como tal”, afirma o parlamentar.
Para o deputado, devem ser
adotadas medidas para prevenção do adoecimento mental dos policiais e
familiares, tendo em vista que a ansiedade, o estresse pós-traumático e a
depressão, podem ter consequências extremamente indesejáveis para os servidores
e para a instituição.
“É uma situação ingrata.
Faltam direitos ao policial enquanto trabalhador e, ao mesmo tempo, sobram
exigências institucionais e da população”, considerou. “De um lado, há pessoas
que tratam o policial como herói e, do outro, as que constroem a ideia dele
apenas como um instrumento de opressão estatal. Ambas as visões desumanizam o
profissional de segurança”, acredita o parlamentar.
Blog: O Povo com a Notícia