A eficácia da Coronavac ficou abaixo de 90%, segundo Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de São Paulo. A afirmação foi dada em entrevista à rádio CBN, na quinta-feira (24).
Também na quinta, o governo da Turquia anunciou que os resultados preliminares dos testes feitos no país, com pouco mais de 1.300 voluntários, apontaram uma eficácia de 91,2%.
Segundo Gorinchteyn, a Sinovac observou diferenças
entre as eficácias nos diferentes países onde ocorreram os testes, com o Brasil
apresentando um dado menor. Por isso, a farmacêutica quis rever os dados.
O secretário disse que a eficácia da vacina
observada no estudo feito no Brasil com 13 mil pessoas deve ser anunciado em
até 15 dias.
Não
chegou a surpreender o secretário a Coronavac apresentar uma eficácia inferior
a 90%, considerando que ela é produzida com vírus (o Sars-CoV-2) inativado, uma
plataforma vacinal menos imunogênica.
"Elas produzem uma proteção menor. A vacina
da gripe tem uma variação que vai de 40% a 80% em determinados grupos",
disse Gorinchteyn. "Sabemos que a efetividade jamais atingiria 90%. Mas o
que nós não imaginávamos era que a empresa queria uma unicidade, um resultado
muito próximo em todos os países."
De toda forma, o secretário reafirmou a
importância da vacina ter mais de 50% de eficácia (o que ele afirma ser o
caso), para provocar uma redução nos números de mortes.
"A única forma que nós teremos de mudar isso
é tendo uma vacina que tenha efetividade", disse Gorinchteyn sobre a
pandemia.
Outro fator importante, citado na quarta (23) por
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, é o fato de que entre todos os
voluntários que receberam a vacina no Brasil nenhum apresentou quadros graves
de Covid-19.
Mesmo com o adiamento da divulgação, o secretário
afirmou que os planos para início da vacinação em 25 de janeiro, em São Paulo,
permanecem, incialmente para profissionais da saúde, idosos, indígenas e
moradores de instituições de longa permanência.
Gorinchteyn também disse, que espera que a
Coronavac seja uma vacina que entre no plano nacional de imunização. (Via: Folhapress)
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