O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, divulgou neste sábado (12) ofício enviado a ele em que o Ministério da Saúde apresenta, em um documento de 93 páginas, um plano nacional para vacinação da população contra a Covid-19.
O plano, assinado pelo Ministério da Saúde com data de quinta-feira (10), lista 13 vacinas candidatas, entre elas a Coronavac, que está sendo fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a fabricante chinesa Sinovac. E estima em cerca de 108 milhões as doses necessárias para a vacinação prioritária de trabalhadores da saúde e idosos, entre outros.
O Ministério da Saúde considerou como grupos prioritários na
primeira fase da vacinação trabalhadores dos serviços de saúde, pessoas a
partir de 80 anos, depois de 75 a 79 anos, e indígenas. Na segunda fase,
pessoas de 70 a 74 anos, de 65 a 69 anos e de 60 a 64 anos.
Na terceira fase, estão pessoas com comorbidades (diabetes
mellitus; hipertensão; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal;
doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de
órgão sólido; anemia falciforme; câncer; obesidade grave). Na quarta e última
estão professores, nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e
funcionários do sistema prisional.
"O Governo Federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de
encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina
pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax
Facitity associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas. Além disso,
R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização
do CRIEs e fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias.
E um destaque orçamentário de R$ 62 milhões para aquisição de mais 300 milhões
de seringas e agulhas", diz o documento.
O plano traz ainda uma diretriz de centralização, com uma lista
de tarefas de competência do governo federal. "A coordenação do PNI
(incluindo a definição das vacinas dos calendários e das campanhas nacionais de
vacinação), as estratégias e as normatizações técnicas sobre sua utilização. O
provimento dos imunobiológicos definidos pelo PNI, considerados insumos
estratégicos. A gestão do sistema de informação do PNI, incluindo a
consolidação e a análise dos dados nacionais e a retroalimentação das
informações à esfera estadual."
Sobre as competências estaduais, diz: "A coordenação do
componente estadual do PNI, o provimento de seringas e agulhas, itens que
também são considerados insumos estratégicos, a gestão do sistema de informação
do PNI, incluindo a consolidação e a análise dos dados municipais, o envio dos
dados ao nível federal dentro dos prazos estabelecidos e a retroalimentação das
informações à esfera municipal".
Nos últimos dias o governo foi alvo de críticas por não ter
apresentado o plano e pela discussão interna de requisitar vacinas da Coronavac
programadas para distribuição pelo governo de São Paulo. (Via: Folhapress)
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