A defesa do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) comunicou nesta sexta-feira que pagou a fiança de R$ 100 mil e pediu para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleça a prisão domiciliar do parlamentar.
Embora tenham informado sobre o pagamento da fiança, os
advogados apontam que a conta da Caixa Econômica Federal aberta para o depósito
judicial está inativa – e pedem que uma nova conta seja aberta.
O congressista foi preso nesta quinta-feira em razão do não
pagamento do valor estabelecido pelo ministro após sucessivas violações do
monitoramento eletrônico usado por Silveira, que integra a base aliada do
presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações prestadas pela Polícia Federal ao
ministro do STF, o deputado tentou fugir quando percebeu que os policiais
chegavam à sua casa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, para
prendê-lo.
“Ao chegar ao local os membros do Núcleo de Polícia Marítima
do Grupo de Pronta Intervenção – NEPOM/GPI/RJ resguardaram o perímetro da
residência do parlamentar, ocasião na qual o policial federal PPF Renato,
matrícula 12.980, conseguiu observar que este pulou o muro de sua residência e,
ao se deparar com o policial, retornou prontamente”, relatou a PF. Os policiais
também relataram ter apreendido com Silveira um novo aparelho celular, que já
foi recolhido e será periciado.
No último dia 4 de junho, a Procuradoria-Geral da República
(PGR) opinou a favor da volta do deputado federal para a prisão, em razão das
sucessivas violações em seu monitoramento por tornozeleira eletrônica. O
parlamentar bolsonarista está em regime domiciliar desde 14 de março.
No parecer, a PGR menciona relatórios da Secretaria de Estado
de Administração Penitenciária que mostram violações da tornozeleira, como
descarregamento da bateria e rompimento do lacre.
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