O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, atuou nos bastidores do movimento formado por líderes de 11 partidos que se opõem à adoção de mecanismos de voto impresso nas eleições brasileiras, uma das bandeiras levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, na segunda-feira (21), durante um jantar, Moraes afirmou a Bruno Araújo (PSDB), Paulinho da Força (Solidariedade), Baleia Rossi (MDB) e Orlando Silva (PC do B) que seria melhor que a questão não chegasse ao Supremo, pois isso geraria mais desgaste entre a corte e Bolsonaro.
Com o apelo de Moraes, que será o presidente do TSE nas eleições de 2022, os presidentes das siglas buscaram seus pares. Aliados do presidente também se mostraram contra a volta do voto impresso, são eles o PSDB, MDB, PP, DEM, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante.
Em entrevista ao portal G1, o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, disse que a união entre os partidos representa “a defesa da segurança do sistema eleitoral”, exclusivamente “a favor do sistema”.
“Até porque existem partidos que são da base do presidente. Não é uma coisa contra, é a favor do sistema. Esse movimento dificulta muito qualquer mudança na legislação"
"Nós, esses onze partidos, entendemos que era preciso um movimento coletivo para trazer um sinal claro de confiança no sistema eleitoral atual. Nós temos total confiança, o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais modernos no mundo. Uma coisa que está dando tão certo, para que mexer", completou.
Blog: O Povo com a Notícia