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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Pesquisa Ipec revela que Bolsonaro perdeu 53% dos eleitores de 2018

Levantamento realizado pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), sobre a corrida eleitoral de 2022, revela que mais da metade - 53% - dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)  no segundo turno da eleição de 2018 pretende votar em outro candidato, ou ainda  votar branco, ou anular o voto, nas eleições do ano que vem.

A pesquisa, divulgada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (28), mostra que um quarto - 26% - dos eleitores de Bolsonaro nas eleições passadas sinaliza que escolherá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo sufrágio.

O Ipec também aponta que mais de um terço - 34% - dos que o elegeram Bolsonaro dizem que não votariam nele novamente de jeito nenhum. O perfil daqueles que se arrependeram de votar em Bolsonaro é semelhante ao que votava em Lula nos anos 2000, de acordo com os pesquisadores. 

Trata-se de pessoas que estudaram até o ensino fundamental, vivem no Nordeste, vivem no interior, com renda familiar de até um salário mínimo, em municípios de até 50 mil habitantes e que se autodeclaram pretas ou pardas. 

Nesse último segmento, a diferença entre Lula e Bolsonaro é mais que o dobro: 54% contra 21%. Situação similar ocorre entre os mais pobres - 62% de Lula, ante 16% do presidente - e menos escolarizados: 34 pontos de frente para o ex-presidente.

"A pesquisa mostra que há um contingente de desiludidos que apostaram em Bolsonaro em razão da onda antipetista, mas que não são casados com suas pautas ideológicas. São pessoas que perderam empregos ou familiares para a Covid e que têm uma memória melhor dos governos do Lula", avalia o cientista político, Osvaldo Amaral, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Contudo, também em entrevista ao periódico, o especialista pondera que a situação pode se modificar, caso haja melhora significativa do cenário econômico e da crise sanitária.
 
Os recortes do levantamento do Ipec mostram a perda de apoio de Bolsonaro até em núcleos historicamente fiéis a ele - como entre homens brancos, com renda maior do que cinco salários mínimos, nível superior e evangélicos.

O Instituto indica que Lula lidera em todas essas faixas. No quesito religião, ele está à frente entre católicos, com 52% da preferência, contra 20% do atual presidente. A diferença diminui entre evangélicos: 41%, contra 32% de Bolsonaro. 

O petista também está à frente em regiões onde o presidente concentra maiores níveis de aprovação, como o Sul. Lá, o petista tem 35% das intenções de voto, contra 29% do presidente.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 17 e 21 de junho. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Blog: O Povo com a Notícia