Presidente do Instituto Questão de Ciência, a microbiologista Natália Pasternak explicou a funcionalidade das vacinas contra a Covid-19 no cenário de pandemia atual, em sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na manhã desta sexta-feira (11). Ela fez uma analogia e comparou o imunizante a um "bom goleiro", que tem mais chance de "falhar" caso não conte com uma "boa defesa".
Os zagueiros que protegem a defesa, neste caso, seriam as medidas de restrição e de proteção individual, como uso de máscaras e da devida higienização das mãos.
"A recomendação do uso de máscara é essencial quando observamos o número diário de casos e mortes preocupantes. A análise é que a vacina é como um bom goleiro. É bom, mas não é infalível. Se você tiver muita bola indo para o gol, ele vai falhar, se não tiver uma boa defesa não adianta", relacionou.
De acordo com a cientista e pós-doutura na área de microbiolgia, a Dra. Pasternak ressalta que, assim como um bom goleiro, deve ser avaliado pela sua "eficiência", e não por uma eventual falha - o conhecido "frango".
A resposta da pesquisadora foi ao questionamento do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que iria ordenar que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fizesse um "parecer" para desobrigar o uso de máscaras.
"Quando você tem um chefe da nação fingindo que esse momento chegou, isso confunde a população", lamentou.
Líder da Oposição no Senado e vice-presidente da Comissão, Randolfe aproveitou a deixa para cutucar, sem citar nomes ou fugir da analogia futebolística, o presidente Bolsonaro.
"No Brasil, tem jogador que insiste em fazer gol contra", disparou.
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