O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou, nesta quinta-feira (10), que o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) pague uma fiança de R$ 100 mil após o parlamentar violar por diversas vezes o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Ao definir o valor, o ministro Alexandre de Moraes citou o salário de Silveira, que é de R$ 33.763 mensais, conforme consta no site da Câmara dos Deputados.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Silveira está em prisão
domiciliar e foi preso a mando de Moraes após realizar ataques contra ministros
do Supremo. Caso ele não pague a fiança, poderá ser detido de forma preventiva.
Na última semana, a PGR (Procuradoria-Geral da República)
chegou a pedir a volta do deputado à prisão, mas Moraes preferiu aplicar uma
multa.
"No caso em análise, está
largamente demonstrada, diante das repetidas violações ao monitoramento
eletrônico imposto, a inadequação das medidas cautelares impostas em cessar o
periculum libertatis do denunciado, o que indica a necessidade de
recrudescimento das medidas aplicadas. Assim, nos termos do art. 322 e do
Código de Processo Penal, é caso de se estabelecer fiança, conforme requerido
alternativamente pela PGR", afirmou Moraes em sua decisão.
De acordo com relatórios da PGR sobre o monitoramento
eletrônico de Silveira, entre 5 de abril e 24 de maio, o deputado apresentou 30
violações relacionadas à carga da tornozeleira, à área de inclusão e ao
rompimento do lacre que envolve o equipamento.
Nesta quarta-feira (9), o relator da representação contra
Silveira no Conselho de Ética da Câmara recomendou a suspensão do mandato do
bolsonarista por seis meses. A votação do parecer deve ocorrer na próxima
semana. (Via: Folhapress)
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