A vacina anticovid-19 da Novavax tem uma eficácia de mais de 90%, inclusive contra as variantes do coronavírus - é o que afirma o laboratório americano, nesta segunda-feira (14), após um estudo em grande escala nos Estados Unidos.
A vacina "demonstrou uma proteção de 100% contra doenças moderadas e graves, e uma eficácia de 90,4% em geral", disse a companhia em um comunicado.
Ainda de acordo com a nota,
"o estudo foi feito com 29.960 participantes em 119 lugares de Estados
Unidos e México para avaliar eficácia, segurança e imunogenicidade".
A empresa com sede em Maryland disse que pretende solicitar a
aprovação regulatória até o terceiro trimestre de 2021. Depois de obtê-la,
planeja fabricar 100 milhões de doses por mês até o final do terceiro
trimestre, e 150 milhões de doses por mês, até o final do ano.
"Hoje, a Novavax está um passo mais perto de abordar a
necessidade crítica e persistente de saúde pública mundial por vacinas Covid-19
adicionais", afirmou o CEO da empresa, Stanley Erck.
"A Novavax continua trabalhando com um senso de urgência
para completar nossas solicitações de autorização regulatória e oferecer esta
vacina, construída sobre uma plataforma bem conhecida e comprovada, para um
mundo que ainda tem uma grande necessidade de vacinas".
Embora alguns países ricos tenham avançado na vacinação de
suas populações, persiste a preocupação de que muitos outros estão sendo
deixados à margem da campanha mundial de inoculação.
As taxas de vacinação nos países mais pobres do mundo estão
muito atrás das registradas nas potências industrializadas do G7 e em outras
nações ricas. Considerando-se as doses administradas até o momento, o
desequilíbrio entre o G7 e os países de baixa renda, conforme definição do
Banco Mundial, é de 73 para um.
Ao contrário de algumas das vacinas que já estão sendo
aplicadas, o imunizante da Novavax, conhecido formalmente como NVX-CoV2373, não
precisa ser mantido em temperaturas ultrabaixas.
A empresa disse que fica "armazenada e estável entre 2°C
e 8°C, permitindo o uso dos canais da cadeia de fornecimento de vacinas
existentes para sua distribuição". Isso significa, pelo menos em tese, que
estas vacinas devem ser transportadas e administradas mais facilmente em países
com infraestruturas sanitárias menos desenvolvidas. (Via: AFP)
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