O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou em coletiva neste sábado (12) que o Brasil receberá na próxima terça-feira (15), pela manhã, um lote de vacinas contra a Covid-19 da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson.
O carregamento a desembarcar na próxima semana terá 3 milhões de doses e
faz parte de um contrato para 38 milhões de unidades do Brasil com a Johnson, a
serem entregues até dezembro. Devido ao prazo de validade mais curto, as doses
recebidas serão destinadas a capitais “assim temos mais agilidade em entregar
essas doses à população brasileira”, afirmou o ministro.
Diferentemente das demais vacinas que já estão sendo usadas no Brasil,
que só garantem segurança após a segunda dose, as aplicações da fabricante da
Johnson & Johnson exigem apenas uma dose para imunização completa. Queiroga
também destacou que o lote foi negociado com um desconto de 25% em relação aos
valores anteriores. “Isso ocasionou uma economia de R$ 480 milhões”, disse.
Com prazo de validade inicialmente previsto em 12 semanas, os
imunizantes da Janssen tiveram recentemente o tempo de uso ampliado pela FDA, à
agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, para 18 semanas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve fazer o mesmo
no Brasil, de acordo com o ministério, o que dá oficialmente mais tempo para
que o país consiga distribuir e aplicar dentro do prazo as doses
recebidas.
“A Anvisa está discutindo a possibilidade de ampliar o prazo de validade
das vacinas [da Janssen], embora entendamos que isso não vai ser necessário,
porque confiamos no Programa Nacional de Imunização e na capacidade que temos
de vacinar toda a população brasileira”, disse Queiroga.
Os imunizantes da Janssen, de acordo com o ministro, têm 85% de eficácia
na prevenção de formas severas da Covid-19, além de evitar completamente casos
de hospitalização e óbito pela doença.
As doses enviadas ao Brasil virão da unidade da Johnson em Baltimore,
nos EUA, a mesma planta onde foram registrados problemas de contaminação que
levaram a FDA a pedir que a farmacêutica descartasse cerca de 60 milhões de
doses da vacina. Queiroga disse, no entanto, que a vinda das vacinas ao Brasil
foi autorizada pela agência norte-americana e que, portanto, elas são seguras.
“As autoridades sanitárias americanas são rigorosas e a nossa Anvisa
também, de tal maneira que podemos atestar que é algo seguro e que o brasileiro
poderá usar essas doses com segurança”, garantiu o ministro. (Via: CNN)
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