Até a manhã de segunda-feira (21), o desaparecimento de três meninas de 12 anos, duas delas primas, após um culto evangélico, era um mistério para os familiares das menores e para a população de Santana do São Francisco, cidade do interior de Sergipe com pouco mais de 7 mil habitantes, onde vivem as garotas.
As três sumiram na noite de domingo (20), após saírem do alcance da avó de duas delas com a justificativa de que resgatariam um gato. Depois disso, as garotas não foram mais vistas até a manhã do dia seguinte, quando reapareceram em suas residências com a versão de que foram sequestradas por dois homens – informação que, mais tarde, foi contestada pelas autoridades policiais.
Desespero
Em entrevista ao portal local Fan F1, a avó de duas das meninas contou que suas netas e a colega delas desapareceram após saírem para comprar um lanche. “Após o culto, elas foram comprar um lanche e eu voltei para casa. Da lanchonete, elas voltaram para a igreja para procurar um gatinho, daí eu não vi mais elas. Já rodamos a cidade toda, procuramos elas até às 3h da madrugada e nada. Fomos até perto do rio”, relatou Maria Ione dos Santos, na manhã de segunda, enquanto as menores ainda estavam desaparecidas.
A mãe da outra menor, também em entrevista ao mesmo portal, contou que aguardava ansiosa por alguma pista que pudesse levá-la à filha. "Espero que ela venha para casa. Estamos desesperados sem saber por onde ela anda. É a primeira vez que ela some. Ela estava normal, como sempre brinca, normal com as meninas", disse Nívia Kauane Faustino dos Santos.
Descobertas
Após serem localizadas, as menores foram levadas até uma delegacia para prestar depoimento. Durante a conversa com o delegado, uma delas sustentou a versão de que as três foram levadas para um local escuro por dois homens que colocaram panos em suas bocas. Disse ainda que após conseguirem fugir, pediram ajuda em uma residência próxima ao cativeiro.
Em nota, na manhã desta terça (22), a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe (SSP-SE) afirmou que, na verdade, as três estavam na casa de uma amiga e não em um cativeiro, como uma delas relatou às autoridades. “A Polícia Civil constatou que as meninas estavam na casa de uma amiga, descartando, completamente, a existência de sequestro, cárcere privado ou qualquer outro tipo de crime”, frisou o órgão.
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