O governo russo reagiu contra a possível entrada da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ameaçou usar armas nucleares.
O
vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev – um dos
mais próximos interlocutores do presidente Vladimir Putin (foto em destaque) –, fez o alerta. “Não se poderá falar mais de um Báltico
livre de armas nucleares, o equilíbrio tem de ser reposto”, resumiu.
Ele acrescentou: “Até hoje, a
Rússia não tomou tais medidas e não iria. Mas, se nossa mão for forçada… Tome
nota de que não fomos nós que propusemos isso”. Medvedev foi presidente da
Rússia entre 2008 a 2012.
Uma cúpula da Otan está prevista para 29 e 30 de junho em Madri, na Espanha.
Analistas acreditam que a candidatura da Finlândia será anunciada até lá.
A Finlândia deve decidir, nas
próximas semanas, sobre uma possível candidatura à Otan. A medida pode induzir
a Suécia a tomar a mesma decisão.
Na quarta-feira (13/4), a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin,
defendeu a iniciativa. “Acho que isso acontecerá rapidamente. Dentro de algumas
semanas, não meses”, adiantou.
O governo finlandês esperava o resultado de um relatório de avaliação
estratégica, encomendado de maneira urgente após o ataque à Ucrânia. O
documento deu aval à adesão.
O texto indica a possibilidade “consideravelmente maior” de rebelar um
possível ataque contra a Finlândia.
A Suécia também
não exclui a possibilidade de unir-se à aliança, mas parece mais hesitante que
o país vizinho.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da
possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar coordenada pelos Estados
Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança.
Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. A
guerra completa, nesta quinta-feira (14/4), 50 dias.
Alerta russo
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, criticou a entrada dos países na
aliança militar coordenada pelos Estados Unidos. As declarações foram dadas em
entrevista a repórteres de agências internacionais de notícias, na
segunda-feira (11/4).
“Temos dito repetidamente que essa aliança não traz qualquer paz ou
estabilidade. Ela é apenas uma ferramenta para confrontação”, criticou.
O
Departamento de Estado norte-americano confirmou, na última semana, que a Otan
tem mantido conversas com a diplomacia dos dois países. (Via: Metrópoles)
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