A presença do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) no encontro de sindicalistas com o ex-presidente Lula (PT) hoje, em São Paulo, causou mal-estar entre os presentes.
Apoiador do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT),
ele foi vaiado em mais de um momento pelos participantes.
O evento, realizado em auditório lotado no centro da capital
paulista, é o primeiro grande encontro de Lula, pré-candidato ao Planalto, com
diversas lideranças sindicais. Indicado a vice da chapa, o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSB) também esteve presente. Só Paulinho foi vaiado.
No microfone, diversas lideranças sindicais se revezaram para
falar das dificuldades de emprego nos diferentes setores.
Paulinho é presidente de honra da Força Sindical, uma das
centrais com maior número de presentes, mas ficou sentado na fila de trás, no
canto esquerdo e não deve discursar. Nos momentos em que membros da Força
citaram seu nome, houve vaias por todo o público.
“Traidor, votou pelo golpe”, gritou um sindicalista sobre o
apoio de Paulinho em impeachment de Dilma. O deputado não só votou a favor da
saída da então presidente como participava das manifestações com placas de
“Tchau, querida”.
A grande aliança que Lula vem formando, inclusive entre
outras lideranças que também articularam em favor da saída de Dilma, como o
ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), tem sido um ponto polêmico na campanha de
Lula.
O PT e o próprio presidente têm assumido o discurso de que é
preciso união ampla para evitar um “mal maior”, que seria a reeleição do
presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sob o discurso de “democracia contra fascismo”, PT e PSB
também lançaram a chapa de Lula com Alckmin. A coligação foi aprovada ontem
pelo diretório nacional por 68 votos a favor e 16 contra.
Quadro histórico do PSDB, Alckmin, então no governo paulista,
também se pronunciou a favor da saída de Dilma e sempre teve o apoio de
Paulinho. No evento, no entanto, foi chamado mais uma vez de “companheiro”
pelos sindicalistas e foi amplamente aplaudido.
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