O deputado federal bolsonarista Delegado Marcelo Freitas (União-MG) apresentou um projeto de lei para estender o uso das câmeras corporais por policiais militares a deputados, senadores, juízes e até mesmo ministros de estado e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta foi apresentada em forma de protesto. Segundo o parlamentar, há "constrangimento" dos policiais ao terem de usar a câmera, "ao atender uma ligação da esposa" durante o trabalho.
"Impondo a utilização de câmeras, principalmente ligadas ininterruptamente durante o período de trabalho, estamos invadindo a intimidade de todos os policiais, mesmo daqueles que têm conduta rigorosamente dentro das leis e normas", escreveu Marcelo Freitas.
“Se buscamos a transparência em relação às ações de servidores públicos, por que os agentes políticos não dão o exemplo? Por que não implementarmos esse “controle” através de câmeras que registrem o dia a dia profissional dos homens públicos com maior poder de decisão em nossa República? Aqueles que mantêm diálogos e ações republicanas durante seu trabalho, não terão restrição a utilizar os sistemas de gravação de áudio e vídeo, de forma semelhante à proposta colocada para todos os policiais deste País”, diz o deputado.
O protesto do parlamentar bolsonarista ocorre em meio à definição de normas para o uso das câmeras no fardamento de policiais, elaboradas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e divulgadas na semana passada.
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